Com Lula, programa vai reduzir filas por consultas, exames e cirurgias eletivas no SUS

O programa de R$ 600 milhões objetiva reduzir a demanda represada desde a pandemia de Covid-19 e também pelo abandono das políticas públicas no governo Bolsonaro

Ricardo Stuckert

Participaram do evento o presidente Lula, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governador Claudio Castro, e o prefeito Eduardo Paes. Foto: Ricardo Stuckert

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta segunda-feira (6), no Rio de Janeiro, programa de R$ 600 milhões para reduzir as filas por consultas, exames e cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS).

O anúncio ocorreu durante a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde, no bairro de Benfica, um complexo para reduzir a espera por procedimentos e especialidades médicas com maior demanda. Participaram do evento a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governador Claudio Castro, o prefeito Eduardo Paes, vereadores e deputados estaduais e federais.

O programa faz parte da Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas e tem como meta reduzir a demanda represada desde a pandemia de Covid-19 e por conta da falta de políticas públicas do governo Bolsonaro.

Durante a cerimônia, o presidente entregou os óculos de uma menina, Geovana, atendida pelo centro de especialidades. Em seu discurso, Lula disse que nunca se viu alguém fazer campanha a favor do negacionismo e que é de responsabilidade do governo Bolsonaro mais da metade das mortes por Covid-19.

O presidente Lula falou também sobre as novas regras do Bolsa Família. “O programa volta com condicionantes. Primeiro, as famílias com crianças de até 6 anos vão receber 150 reais a mais; segundo, as crianças têm que estar matriculadas na escola; terceiro, as crianças têm que ser vacinadas e quarto, a mãe em estado de gestação tem que fazer todos os exames que a medicina exige para que ela possa ter uma criança que nasça robusta, forte e bonita”, afirmou.

Outro ponto de destaque foi a volta de investimento do governo federal no Rio de Janeiro e nos demais estados da federação. “A Petrobras vai voltar a funcionar aqui no Rio de Janeiro, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] voltará a fazer investimento no setor produtivo, a gente vai voltar a construir navio nos estaleiros aqui no Rio de Janeiro e a gente vai recuperar também a indústria de óleo e gás”, enfatizou.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o programa do governo federal de redução de filas de cirurgias eletivas, exames e especialidades é uma das metas prioritárias para os cem dias de governo, “que hoje foi publicado no Diário Oficial”, e uma das primeiras ações para reconstruir o SUS em estados e municípios após o desmonte promovido ao longo dos últimos quatro anos.

O gargalo de atendimento do SUS foi um dos pontos de atenção indicados pelo grupo de trabalho da Saúde durante a gabinete de Transição.

Em fevereiro, será destinada parcela de R$ 200 milhões para a realização de mutirões em todo o país para atender a fila de pacientes à espera de procedimentos. Os outros R$ 400 milhões serão liberados à medida que forem realizadas cirurgias, principalmente, de abdômen, ortopédica e oftalmológica.

Da Redação

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