Mercadante: BNDES apoiará da indústria à microempresa, com respeito ambiental

Aloizio Mercadante tomou posse nesta segunda-feira (6) como novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento

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Mercadante faz discurso de posse: "Não existirá futuro sem preservar a Amazônia e outros biomas” (Foto: Divulgação)

“Nós estamos aqui não para debater o BNDES do passado, mas para construir o BNDES do futuro, que será verde, inclusivo, tecnológico, digital e industrializante.” Dessa forma, o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento, Aloizio Mercadante, explicou, nesta segunda-feira (6), quais serão as prioridades da instituição financeira pública para ajudar o Brasil a se desenvolver e gerar empregos.

A fala ocorreu durante a cerimônia de posse de Mercadante, que contou com as presenças do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin, da ex-presidenta Dilma Rousseff e da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, além de ministros de Estado, parlamentares e representantes de bancos públicos e privados.

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Mercadante anunciou apoio a micro, pequenas e médias empresas e a cooperativas de economia solidária por meio de R$ 65 bilhões, que serão disponibilizados com crédito indireto do banco e alavancagem via garantias por crédito privado.

O economista disse ainda que o BNDES vai buscar oferecer uma taxa de juros mais competitiva, sobretudo para pequenas empresas, mas que não há intenção de disputar com os bancos privados.

“Não queremos disputar mercado com o sistema financeiro privado, esse não é o papel do BNDES. Nós precisamos de parceria, e o BNDES pode contribuir para reduzir riscos, abrir novos mercados, alongar prazos e elaborar bons projetos para os investimentos privados”, explicou.

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Reindustrialização e meio ambiente

Outra função do banco será a de apoiar a transição justa para uma economia de baixo carbono, além de promover a inclusão produtiva e a reurbanização inteligente, visando construir cidades do futuro.

“Transitar de uma economia de baixo carbono com empregos verdes e baixa emissão é um imperativo que orientará a estratégia do banco. Mas precisamos fazer mais. Não existirá futuro sem preservar a Amazônia e outros biomas”, ressaltou, lembrando que o BNDES fará a gestão do Fundo da Amazônia, restabelecido por Lula.

Outro desafio é a reindustrialização do país. “Não se trata da velha indústria, mas da nova indústria, digital, descarbonizada”, esclareceu Mercadante, acrescentando que o desenvolvimento do Brasil passa necessariamente pela integração da América Latina e pela parceria com o sul global.

“O presidente Lula tem toda razão quando diz que o BNDES tem que ser um banco parceiro do desenvolvimento e da integração regional”, disse, o que, logo em seguida, foi elogiado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

“Os países vizinhos são centrais para nossas exportações de maior valor agregado. Financiar nossas exportações é gerar emprego no Brasil, é fortalecer as empresas brasileiras para que elas possam exportar, melhorar a competitividade”, discursou Alckmin.

Da Redação

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