Com presença de Gleisi, frente contra o autoritarismo é lançada em SC
Evento realizado em Florianópolis reuniu representantes dos principais partidos progressistas do país, unidos contra os retrocessos impostos por Jair Bolsonaro
Publicado em
Jair Bolsonaro tem acumulado derrotas a perder de vista desde o dia em que, impulsionado pela produção das fakes news, assumiu a Presidência da República. Mas é consenso entre as forças progressistas do país que a luta ainda está muito longe de acabar. E é justamente para não esmorecer a mobilização e seguir no enfrentamento ao desgoverno de extrema direita que lideranças do PT, PDT, PSOL, PCdoB e PCB realizaram nesta sexta-feira (4), em Florianópolis, o debate “Unidade contra o autoritarismo e os desafios de 2020”.
O evento, realizado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), é mais uma demonstração de força contra o alarmante cenário político em curso, sobretudo para combater a escalada autoritária imposta pela cada vez mais impopular gestão bolsonarista, submissa aos interesses das elites econômicas e declaradamente contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Para tanto, os partidos e organizações se comprometeram a realizar uma série de seminários programáticos a serem realizados em Florianópolis, com o objetivo de construir um programa para a cidade. Presente no lançamento da iniciativa, a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, enalteceu a unidade de esquerda em defesa do Brasil e contra as ameaças à democracia.
“Não há democracia efetiva se a população não tiver seus direitos garantidos. Como a gente vai falar em democracia se o povo está sendo ameaçado pelas políticas do governo? É inegável que o melhor momento democrático que tivemos foi durante os governos do PT, época em que dar comida para quem passava fome era política de governo”, recorda Gleisi.
A presidenta do PT também sugeriu durante a sua fala o caminho para conter tamanho desalento: “É muito importante a gente estar unido. E é importante também que a gente não sofra muito. Quem está errado é a direita. A esquerda está resistindo. São eles que precisam fazer auto-crítica, não nós”.
Por fim, Gleisi exaltou a força demonstrada pelos partidos da esquerda desde o início do governo com pior aprovação popular em seu primeiro ano de mandato desde a reabertura democrática. “Temos que fazer um grande esforço, sim, mas sem colocar um fardo excessivo em nós mesmos. A gente se reúne sistematicamente, fazemos notas conjuntas, enfrentamos a reforma da Previdência, lutamos pela educação, lançamos a frente pela soberania de forma unificada”, concluiu.
Paralelo à proposta de ampliar a resistência contra Jair Bolsonaro, o evento também serviu de palco para novas demonstrações de apoio à liberdade do ex-presidente Lula, bandeira defendida por todos os participantes e corroborada com entusiasmo pelo público no local.
Além de Gleisi, estiveram presentes a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o secretário geral do PCB, Edmilson Costa, e o ex-ministro do Trabalho e presidente do PDT-SC, Manoel Dias.
Da Redação da Agência PT de Notícias