Concessões de Dilma reduzem pedágio a um terço do valor praticado por FHC

Entre 1995 e 2002, o valor da tarifa nas concessões rodoviárias era de R$ 10,40, em média; mas, entre 2011 e 2014, o valor caiu para R$ 3,50

Uma das grandes vantagens do processo de concessões de serviços públicos promovido pelo governo da presidenta Dilma Rousseff desde sua posse, em 2012, deve se repetir na segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), anunciado pela presidenta na terça-feira (9).

A redução acentuada do valor dos pedágios praticados nos governos petistas, a partir de 2003, com o então presidente Luís Inácio Lula da Silva, é uma realidade que foi exposta pela senadora Gleisi Hoffmann em pronunciamento feito no plenário do Senado na quarta-feira (10).

Segundo a senadora, que como ministra da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma ajudou a preparar os leilões de concessão como coordenadora do PIL precursor, o valor do pedágio rodoviário caiu de R$ 10,40, em média, durante a era Fernando Henrique Cardoso (período 1995-2002), para R$ 3,50, no período 2011-2014.

Nesse curto período, os 5,35 mil km de estradas sob concessão também superaram, em extensão, a quilometragem disponibilizada aos investimentos privados entre 1995 e 2010, de 4,6 mil km, segundo informou Gleisi.

“Isso foi uma vitória do País e esses investimentos estão sendo feitos. E estão sendo feitos em estradas que são estruturantes, responsáveis pelo escoamento da nossa produção”, declarou a parlamentar em seu pronunciamento.

Dois terços a menos – Os dois valores revelam um custo quase 67% menor para os viajantes que pagam os pedágios atuais, cujo valor representa quase um terço do que era até 13 anos atrás. Ou seja, um caminhão que gastasse R$ 5 mil mensais em pedágios país afora no governo tucano, hoje gastaria R$ 1.650,00, uma economia de dois terços do valor anterior, ou R$ 3.350,00 – ao mês.

Essa poupança permitiria ao profissional do transporte de carga financiar um novo veículo e duplicar a sua receita nas estradas. No primeiro leilão do atual mandato, o da Ponte Rio-Niterói, realizado há cerca de três meses, o valor ficou em R$ 3,50 – dentro do patamar apresentado por Hoffmann.

O PIL II pretende atrair quase R$ 200 bilhões em investimentos privados com leilões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos já a partir deste ano (2015) até o início da próxima década.

Só para as estradas o PIL II planeja investimentos de R$ 66 bilhões. E o sistema de leilão pretende ser no mesmo formato da ponte sobre a Baía de Guanabara: vence quem cobrar menos pedágio do usuário. Esse modelo tornou mais efetiva a competição entre os concorrentes e puxou os preços dos novos pedágios para baixo.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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