Contra reforma trabalhista, CUT realiza protesto em 18 de abril
Reação da CUT é contra manobra golpista na Câmara, que antecipou data de votação do projeto de desmonte dos direitos trabalhistas
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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realiza nova convocação para protestos contra o desmonte dos direitos trabalhistas. Desta vez, as mobilizações acontecerão no dia 18 de abril, dez dias antes da greve geral, que está marcada para o dia 28 de abril, em todo País.
A nova mobilização acontecerá porque, em mais uma manobra, aliados do governo golpista de Michel Temer na Câmara dos Deputados conseguiram acelerar a tramitação do Projeto de Lei 6787/16, a chamada “reforma” trabalhista. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que quer aprovar a reforma no dia 19 de abril.
Com isso, o relator do projeto, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), informou que apresentará seu parecer à Comissão Especial na próxima quarta-feira (12). A previsão inicial para entrega do relatório, quando a comissão foi instalada, era para o dia 4 de maio.
O intuito dos protestos, segundo a CUT, é pressionar os deputados da Comissão Especial da Reforma Trabalhista para que votem contra o projeto. Desde o dia 8 de março, movimentos sociais e centrais sindicais tem realizado diversas manifestações contra os desmontes e em defesa dos direitos dos brasileiros. Foram feitos atos, em âmbito nacional, no Dia da Mulher (8 de março), no dia 15 de março e no dia 31 de março
“A reforma trabalhista de Temer oficializa o bico. O que significa que você só trabalha quando o patrão chama, só ganha pelo que produz, pode ser temporário por 120 dias ou mais, tem de negociar férias, 13º salário”, denunciou o presidente da CUT, Vagner Freitas.
A Central alerta, ainda, que o projeto está tramitando em caráter conclusivo, o que significa que, caso aprovado na Comissão Especial, pode seguir diretamente para o Senado, sem passar pelo plenário da Câmara.
Da Redação da Agência PT de Notícias