CPI investiga contratos de R$ 2,3 bi para construção do metrô de SP

Iniciativa partiu do segundo vice-presidente da CPI do BNDES, deputado Carlos Zarattini (PT-SP); O Banco concedeu empréstimos de R$ 2,3 bilhões para o governo tucano expandir o sistema de metrô

Foto: Rogério Tomaz Jr

Contratos e documentos referentes aos processos de licitação que envolvem os projetos de aquisição, expansão e implantação de linhas do metrô no Estado de São Paulo serão objetos de investigação da CPI do BNDES.

A iniciativa partiu do segundo vice-presidente da CPI, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que aprovou requerimentos nesta quarta-feira (9) em reunião do colegiado.

O BNDES concedeu empréstimos de R$ 2,3 bilhões para o governo de São Paulo expandir o sistema de metrô da região metropolitana do Estado.

“Achamos fundamental investigar o processo de licitação do metrô de São Paulo para verificar se houve algum vício. Não estou afirmando, ainda. Só estou querendo conhecer esse processo de licitação. O fato é que essas obras foram financiadas com recursos do BNDES e, portanto, dizem respeito ao escopo definido por esta CPI”, explicou Zarattini.

Os contratos que serão investigados dizem respeito às implantações das linhas 15 (Prata), sistema monotrilho no trecho entre as estações Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes, e linha 6 (Laranja) que compreende a construção do trecho de 13,5 km de trilhos entre a Vila Brasilândia e a Estação São Joaquim.

No caso da linha 6, o consórcio vencedor dessa licitação, segundo o deputado, é constituído por três empresas envolvidas na Operação Lava Jato: Odebrecht, UTC e Queiroz Galvão.

Carlos Zarattini apresentou ainda requerimentos solicitando cópias de documentos da compra de 35 trens pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e de expansão da linha 5 do metrô (11,5 km), ligando a estação Largo Treze com a estação Chácara Klabin da Linha 2.

“Acredito que a CPI deva se debruçar sobre aquelas empresas que têm problemas, que tiveram problemas de falência, por exemplo. O BNDES financia centenas de empresas que estão dando certo”, observou Carlos Zarattini.

Provocação – O segundo-vice da CPI do BNDES classificou de absurda a tentativa de parte do colegiado de associar o nome de Taiguara Rodrigues dos Santos, suposto proprietário da empresa de engenharia Exergia Brasil, ao ex-presidente Lula.

“Acho um absurdo a convocação do Taiguara, que tem um parentesco distante com o ex-presidente Lula, mas não tem nenhuma relação com o BNDES e nem com o Lula. É uma mera provocação o que foi feito aqui hoje”, criticou.

Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “PT na Câmara”

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