CPMI ouvirá mais um ex-auxiliar de Bolsonaro que movimentou R$ 3,3 milhões

Sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, um dos integrantes da equipe de ajudância de Bolsonaro, vai depor como testemunha na reunião da CPMI dos Atos Golpistas na próxima quinta-feira

Alessandro Dantas

Impasse: reunião desta terça-feira da CPMI foi cancelada por falta de acordo na votação dos requerimentos

O sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, um dos integrantes da equipe de ajudância de Bolsonaro, vai depor como testemunha na reunião da CPMI dos Atos Golpistas na próxima quinta-feira (24), às 9 horas. Ele é acusado de atividades financeiras atípicas no valor de R$ 3,3 milhões, incompatíveis com sua renda mensal de R$ 13 mil. Com indícios de lavagem de dinheiro, as movimentações foram feitas entre fevereiro de 2022 a maio de 2023.

Uma parte dos R$ 3,3 milhões foi repassada ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Ambos foram presos em maio por integrarem esquema de falsificação de cartão de vacina do ex-presidente.

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Todas as informações sobre as movimentações nas contas do sargento Luís Marcos constam em relatórios de inteligência financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) repassados à CPMI. Ele é acusado também de ter participado dos ataques terroristas do dia 8 de janeiro e chegou a subir na cúpula do Congresso Nacional, conforme divulgado pelo blog da jornalista Andréia Sadi no portal G1. “Eu estou no meio da muvuca! Não sei o que está acontecendo! O bicho vai pegar”, avisou o sargento ao primo por mensagem.

Segundo o senador Fabiano Contarato (PT-ES), as investigações policiais envolvendo a equipe de auxiliares do ex-presidente apontam premeditação e envolvimento dos servidores. Documentos que comprovariam a tentativa de golpe de Estado foram encontrados em mensagens trocadas entre o coronel Mauro Cid e o sargento.

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A reunião desta terça-feira (22) da CPMI foi cancelada por falta de acordo na votação dos requerimentos como os de quebra de sigilos de Bolsonaro, de Michele Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, sua convocação e também de Bruno Zambelli (irmão de Carla Zambelli) e do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid.

“Hoje não teve #CPMIdoGolpe. A oposição ficou batendo cabeça e, por não ter como fazer acordo com quem vive no mundo da terra plana, a reunião caiu”, postou no Twitter o deputado Rogério Correia (PT-MG).

Os integrantes da CPMI chegaram a avaliar requerimentos de quebras de sigilos telefônico e telemático de pessoas relacionadas ao depoimento feito na semana passada pelo hacker Walter Delgatti, como da deputada Carla Zambelli, do advogado Frederick Wassef e integrantes das Forças Armadas, mas não houve acordo.

Da Redação,  com Agência Senado

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