Criminosos: governo Bolsonaro nega mortes de crianças e sonega vacinas

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, em média, as crianças representam 9% do total de internações por Covid no país e uma criança, com menos de cinco morre, por causa do Coronavírus

Myke Sena-MS/Site-do-PT

Sem vergonha: Bolsonaro nega morte de crianças por Covid, mas a cada dois dias, uma morre. Foto: Myke Sena-MS/Site-do-PT

Mentir é uma prática permanente de Bolsonaro. Criminosamente, o atual presidente nega a morte de crianças por Covid-19 no Brasil. Em uma entrevista recente, ele diz: “Você não viu moleque morrendo de vírus por aí. Alguém conhece algum filho de alguém que morreu de vírus?”

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pedido do G1, mostram que entre 4 de setembro e 1 º de outubro, 437 crianças foram hospitalizadas por complicações da Covid no Brasil. Nesse período, 17 mortes pela doença foram registradas entre menores de 5 anos.

Especialistas criticam a demora do Ministério da Saúde em liberar a vacina para crianças de até cinco anos, mesmo já tendo o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Durante o debate da Band entre os candidatos à Presidência da República na noite deste domingo, 16, Lula falou sobre as mortes no país devido a negligência e a omissão na liberação de vacinas, mas não houve resposta de Bolsonaro.

 Mais de 1800 crianças morreram

No país, houve 1.860 óbitos desde 2020 de crianças de 0 a 12 anos por complicações provocadas pelo Coronavírus. A irresponsabilidade de Bolsonaro com o combate ao vírus que ceifou a vida de quase 700 mil brasileiros e brasileiras, contribuiu ainda para que 12 mil crianças de até seis anos ficassem órfãs.

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Entre março de 2020 e setembro de 2021, cartórios registraram morte por Covid-19 de um dos pais de pelo menos 12.211 crianças, sendo que 25,6% delas não tinham completado um ano de vida.

Internações

De janeiro até o dia 3 de setembro, a proporção de internações de crianças por complicações do vírus atingiu a de média, 6,3%. Segundo a Friocruz, a queda na curva de hospitalizações e de mortes por Covid de crianças menores de cinco anos é mais lenta.

“Essas crianças continuam muito vulneráveis porque o vírus continua circulando. A vacina impede a manifestação das formas graves e boa parte dos óbitos, mas, ainda assim, o vírus circula. E a criança não vacinada tem sido, sim, impactada”, disse o pesquisador e coordenador do grupo, Cristiano Boccolini em entrevista ao G1.

Sem vacinas

A Anvisa liberou vacinação com a Pfizer para crianças a partir dos 6 meses, mas Bolsonaro restringiu o uso só para quem tem comorbidade. Com mais essa omissão de Bolsonaro, crianças entre seis meses e 2 anos e 11 meses segue sem nenhuma vacina contra a Covid disponível nos postos de saúde. O Brasil tem hoje doses da Coronavac para crianças a partir dos 3 anos e da Pfizer para a faixa etária de 5 a 11 anos.

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Boccolini explica que, em relação às mortes de crianças por Covid, o cenário já esteve pior. Entre 2020 e 2021, a média diária era de 2 óbitos entre menores de 5 anos. Em junho deste ano, também houve um pico por conta de subvariantes da ômicron.

“A média diária de mortes aumentou para cerca de 3 entre maio e junho deste ano e, agora, reduziu para 0,6 óbitos por dia. A gente tem vacina e as crianças continuam morrendo de Covid”, ressaltou.

O pesquisador disse ainda que, para reverter esse quadro, é preciso incentivo e promoção da vacinação infantil por parte dos governos.

“Recentemente teve a morte de um bebê em Betim por meningite e paralisou a cidade inteira, o estado de Minas, até mesmo há uma mobilização nacional. A cada dois dias uma criança morre de Covid e a gente não vê tanta mobilização e tanta sensibilização do que hoje já pode ser considerado uma morte prevenível. Isso é inaceitável em termos de saúde pública para a sociedade brasileira”.

Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo e G1

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