CUT: Eleição é a chance de derrotar o golpe pelo voto popular

Movimento sindical prepara “Dia do Basta” para 10 de agosto. Cinco dias depois, milhares irão a Brasília acompanhar o registro da candidatura de Lula

Jordana Mercado

Presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas

A eleição deste ano é a oportunidade de anular as mazelas do governo ilegítimo de Temer, ressaltou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, durante plenária interestadual (São Paulo/Rio de Janeiro) na sexta-feira (20), na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“Nós temos chance de reverter todas as mazelas que eles fizeram, inclusive a reforma trabalhista“, disse Vagner, para quem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o único que reúne condições para esse tipo de medida. A central pretende levar milhares de trabalhadores e militantes até Brasília em 15 de agosto, quando a candidatura Lula deverá ser registrada formalmente.

“Agora é guerra”, acrescentou Vagner, criticando a postura do Judiciário em relação ao ex-presidente. “Não vai ser por medida judicial que eles vão soltar o Lula. Quem vai soltar é o movimento operário na rua”, afirmou. O líder cutista lembrou que em 10 de agosto as centrais sindicais vão promover o “dia do basta”, em protesto contra as medidas do governo Temer. A candidatura será registrada cinco dias depois. “Nós podemos vencer esse golpe vencendo as eleições em outubro. Essa é a derrota que podemos impor a eles.”

A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o vice do partido, Alexandre Padilha, e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) participaram da plenária, que teve ainda o vereador paulistano Eduardo Suplicy e dois ex-presidentes da CUT – o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e Artur Henrique, atualmente na direção da Fundação Perseu Abramo. O ex-deputado Jilmar Tatto pediu esforço no sentido de buscar uma aliança ainda no primeiro turno envolvendo PT, Psol, PCdoB, PSB, PDT e PCO. “É perigoso estar dividido”, afirmou.

Para o presidente da CUT do Rio, Marcelo Rodrigues, a eleição de nomes como João Doria e Marcelo Crivella nas prefeituras paulistana e carioca mostra “o quanto temos de discutir política na veia”, elegendo candidatos realmente identificados com os trabalhadores. “No dia 10 vamos para a rua e partir para dentro do golpismo”, afirmou.

O presidente da CUT de São Paulo, Douglas Izzo, informou que foram organizados comitês Lula Livre em todas as regiões administrativas do estado. A eleição torna-se um momento decisivo, porque em caso de vitória conservadora “eles vão legitimar esse projeto, que é de entregar o Brasil, mexer nos direitos dos trabalhadores, de governo para 30% da população”.

No “dia do basta”, em 10 de agosto, as centrais farão paralisações e protestos em todo o país. Em São Paulo, haverá concentração a partir das 10h diante da sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), na Avenida Paulista.

Por Rede Brasil Atual

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