Dilma defende como ‘inadiável’ reforma do Conselho de Segurança da ONU

Ao lado da chanceler alemã Angela Merkel, presidenta defende que Conselho precisa ser mais representativo do “mundo multipolar em que vivemos”

Nova Iorque - EUA, 24/09/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante abertura do Debate de Alto Nível da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff recebeu, nesta quinta-feira (20), a chanceler alemã Angela Merkel em visita oficial para a realização de diversos acordos de cooperação. No dia anterior, a representante da Alemanha jantou com a presidenta no Palácio do Alvorada.

Durante pronunciamento à imprensa, na manhã desta quinta, Dilma defendeu mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Concordamos que a reforma do Conselho de Segurança da ONU é inadiável. Defendemos o início, o quanto antes, das negociações efetivas para tornar o Conselho mais representativo do mundo multipolar em que vivemos”, disse.

De acordo com Dilma, os países do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) vão se reunir antes da Assembleia Geral da ONU, em 28 de setembro. As nações se apoiam mutuamente para ingressar em lugares permanentes no Conselho.

O Conselho é integrado por Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China como países permanentes e outras dez nações que se alternam em mandatos de dois anos.

A presidenta brasileira destacou a importância econômica mundial das nações parceiras. A Alemanha é a quarta maior economia do mundo e a mais importante da União Europeia. O Brasil ocupa a sétima posição e também é a principal economia de sua região.

“Nesse cenário de incertezas em termos econômicos internacionais, sabemos como é importante essa parceria”, ressaltou.

Ao todo, 1,6 mil empresas alemãs atuam no Brasil. Em 2014, as trocas comerciais entre os países somaram mais de US$ 21,5 bilhões. A Alemanha é o quarto principal parceiro comercial brasileiro.

Os países pretendem ainda incentivar investimentos entre pequenas e médias empresas.

Durante o encontro, Dilma reafirmou a determinação do governo brasileiro para concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia, que prevê trocas comerciais ainda em 2015. “A troca de oferta deve se tornar um grande passo na cooperação”, analisou.

A presidenta convidou empresas alemãs a participarem dos processos licitatórios para as obras da segunda etapa do Programa de Investimento em Logística e do Programa de Investimento em Energia Elétrica.

Meio ambiente – A presidenta Dilma destacou os avanços em termos de cooperação ambiental entre as nações, que incluem uma declaração conjunta sobre mudanças climáticas. O documento reúne metas e compromissos dos países para o setor, com foco na realização da 21ª Conferência do Clima (Cop-21) em dezembro, em Paris.

Ao todo, foram assinados 17 instrumentos bilaterais de cooperação. As principais áreas são inovação, ciência e tecnologia, educação, saúde, segurança alimentar e nutricional, pesquisa marinha, bioeconomia e terras raras.

Estão agendadas 24 reuniões entre ministros brasileiros e alemães. De acordo com o Itamaraty, 17 instrumentos bilaterais serão assinados. As principais áreas são educação, saúde, segurança alimentar e nutricional, inovação, pesquisa marinha, bioeconomia e terras raras.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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