Discussão com a sociedade garante melhores resultados para a mobilidade urbana

No dia Mundial sem Carro, o governo federal lançou a Cartilha do Ciclista para conscientizar a sociedade do seu papel e de sua responsabilidade no trânsito

Dilma visita estação BRT em Belo Horizonte (MG). (Foto: Divulgação/Portal Planalto)

O professor da pós-graduação em Transporte da Universidade de Brasília (UnB) Paulo César Marques, analisou, nesta terça-feira (22), no Dia Mundial Sem Carro, que há uma evolução na mobilidade urbana e um avanço no sentido da participação da sociedade no processo decisório das ações no Brasil.

“Os locais onde a população, entidades políticas e sociais são ouvidas as ações de mobilidade são mais bem aceitas e acabam se concretizando. São Paulo é um bom exemplo disso. A extensão de rede de ciclofaixas e o envolvimento da sociedade, entidades profissionais e acadêmicas nas decisões fez com que a cidade tivesse um avanço efetivo muito maior do que as outras cidades”, afirma Marques.

A prefeitura de São Paulo instalou, desde o início da gestão, 477,6km de infraestrutura cicloviária na cidade, desses 260km são apenas de ciclovias. Segundo o levantamento da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), 40% dos ciclistas da capital paulista começaram a pedalar há menos de um ano e 19% começaram a utilizar bicicletas há menos de seis meses. Ao todo, 59% dos entrevistados declararam que começaram a andar de bicicleta após o incentivo da prefeitura.

O professor universitário ainda afirmou que muitos avanços na área da mobilidade precisam ser feitos em todo o País. Segundo ele, as cidades aumentam cada vez mais e esses instrumentos precisam funcionar com mais efetividade.

“Sem mobilidade urbana e investimento, nós teremos uma deterioração na mobilidade urbana com o aumento de congestionamentos, poluição e tempo de viagem”, afirma.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast