Efeito Lula: agência de risco sobe nota de crédito do Brasil; bolsa dispara e dólar cai

“Dia de ouro para o Brasil. Pulamos de 11ª para a 9ª maior economia do mundo e S&P elevou nota do Brasil para BB”, comemorou ministro da Secom, Paulo Pimenta

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Construindo o futuro: cenário de crise econômica, desemprego e fuga de investimentos que Lula herdou dos quatro anos de desgoverno Bolsonaro vai ficando para trás

O cenário de pesadelo com crise econômica, desemprego e fuga de investimentos que o presidente Lula herdou dos quatro anos de desgoverno Bolsonaro vai ficando para trás e os esforços pela reconstrução do país vão colhendo bons resultados.

Nesta terça-feira, 19, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) aumentou a nota de crédito do Brasil de ‘BB-’ para ‘BB’, com tendência estável. Em junho, a agência tinha indicado que elevaria a classificação do país, ao conceder perspectiva positiva para a nota brasileira, o que foi confirmado agora em função da aprovação da reforma tributária na sexta-feira, 15.

A nota da S&P é a mesma da agência Fitch, que na semana passada foi a primeira a elevar a nota do Brasil este ano.

Tudo isso significa que o país está se tornando atraente para investimentos externos, pois sua “estrutura institucional pode sustentar elaboração de políticas estáveis e pragmáticas, baseadas em ‘controles e equilíbrios’ em todos setores da União”, atestou a S&P.

“Há muitas razões para estarmos otimistas com os rumos da economia brasileira”, postou o ministro da Fazenda Fernando Haddad em seu perfil na rede X junto com trecho da fala do presidente Lula reconhecendo a capacidade de articulação do ministro em “conseguir um feito inusitado” que foi a aprovação da reforma tributária.

Em entrevista à imprensa, Haddad salientou a união dos três poderes para colocar ordem nas contas e garantir programas sociais. “As agências percebem essa coordenação em torno desse objetivo maior e a aprovação da reforma tributária foi o ponto alto dessa trajetória”, afirmou.

“Dia de ouro para o Brasil. Pulamos de 11ª para a 9ª maior economia do mundo e S&P elevou nota do Brasil para BB”, comemorou na rede X o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, ao listar também que a bolsa de valores fechou nas alturas, o dólar despencou para R$ 4,87 e que o Brasil aumentou a cobertura vacinal infantil em 2023.

O deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA) escreveu: “O Lula da sorte está atacado hoje”, ao comentar que no dia em que o FMI registrou que o Brasil virou a nona maior economia do mundo, a agência de classificação de risco S&P aumentou a nota de crédito do país. “Isso significa mais investimento pro Brasil”, finalizou em seu perfil na rede X.

Agência tem perspectiva de elevação da nota

A S&P informou, segundo matéria do jornal Valor, que tem expectativa de uma correção fiscal muito gradual, antecipando que os déficits fiscais permanecerão grandes. A nota soberana, na avaliação da agência, pode se elevar se os benefícios do conjunto de reformas estruturais e microeconômicas adotadas nos últimos anos resultarem na melhorara da trajetória de crescimento de longo prazo do Brasil.

“Um progresso mais rápido do que o esperado na abordagem de desequilíbrios fiscais, que estabilize os níveis da dívida, também poderiam nos levar a aumentar a nota”, publicou a S&P ao revelar que espera que as instituições brasileiras “continuem a abordar lentamente as ineficiências econômicas que retardam o crescimento do país, assim como a rígida estrutura orçamentária, que contribui para grandes déficits fiscais e uma elevada carga de dívida”, divulgou o Valor.

A S&P prevê que o Brasil vai crescer quase 3% este ano e desaceleração para 1,5% em 2024, índices questionados pelo presidente Lula. O déficit orçamentário, na opinião dos profissionais da S&P, deve ficar em uma média de 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2023 e 2026.

Fuga de empresas marcou era Bolsonaro

“Com a despedida do Makro (em operação há 50 anos no Brasil), a lista de empresas em fuga do país de Bolsonaro e Guedes ganha mais um nome. Entre 2019 e 2021, pelo menos 15 multinacionais de diversos setores deixaram o Brasil, agravando o desemprego. Em 2020, mais de cinco mil indústrias fecharam as portas, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)”, divulgou a matéria “Fuga de empresas: Makro se despede do Brasil de Bolsonaro”, publicada pelo site do PT em 18 de abril de 2022. Um triste registro do último ano de desmonte do país desde o golpe na presidenta Dilma em 2016.

O Brasil viveu longos anos de fuga de investimentos basicamente devido ao empobrecimento da população, aos riscos da economia, instabilidade política e jurídica e do “custo Brasil”, cada dia mais alto e assim desabou no ranking de mercados promissores.

Com a preferência dos investidores por países de economia mais robusta, o Brasil despencou nos índices das agências de risco. “Se em 2013 o país ocupava a terceira posição entre os maiores mercados estratégicos para os CEOs globais, neste ano (2022) caiu para a décima posição, ultrapassado por Canadá e Austrália”, informou a pesquisa anual da consultoria PwC.

Em 2021, o portal UOL divulgou lista das multinacionais que fecharam fábricas no Brasil. “Desativação de fábricas da Ford remete a capítulos sombrios da história da indústria automobilística nacional”, assinalou a matéria informando que o encerramento das atividades resultou na perda de aproximadamente cinco mil empregos diretos.

Da Redação

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