Em 24 horas, Bolsonaro racha partido, bancada e sofre derrota política

Guerra interna no PSL e falta de votos no Senado fizeram Jair desistir até mesmo do plano de indicar o filho 03, Eduardo Bolsonaro, para embaixada dos Estados Unidos

Agência Brasil

O dia 17 de outubro foi difícil para Jair Bolsonaro (PSL). Seu partido racha cada dia mais com brigas internas e, agora, as divisões já atingem a articulação política do desgoverno no Congresso Nacional. De acordo com reportagem da revista Época, após suspender a indicação do filho Eduardo para embaixada nos EUA, interlocutores diretos acreditam que a chance de Jair enviar a indicação do filho ainda em 2019 é nula. Sem apoio e em meio ao caos, Jair parece perdido e sem diálogo com deputados e senadores.

Acuado, todas as manobras de articulação de Bolsonaro deram errado nesta quinta-feira (17). Em um dia, Bolsonaro indica Eduardo para a liderança do PSL na Câmara, é derrotado e vê o deputado pró-Bivar delegado Waldir (PSL) levar o título. Como se não bastasse, Waldir o chama de vagabundo e diz que vai “implodir” o governo, deixando claro que o Planalto tem o que esconder.

Ao tirar Joice Hasselmann (PSL) da liderança, Bolsonaro pensava que vingaria a indicação de Waldir mas parece que a decisão só piorou sua situação política, agora que a ex-aliada levou consigo eleitores e está nas redes ameaçando também “implodir” o governo.

A guerra atingiu também os protegidos do clã Bolsonaro. Os dois filhos de Jair foram destituídos das presidências do PT São Paulo e Rio de Janeiro, tirando o comando político e controle da legenda das mão da ala bolsonarista. Tudo isso gerou uma grave crise política que já ameaça a governabilidade. A situação chegou a ponto de nenhum partido grande ou médio aceitar receber a filiação de Bolsonaro, seus filhos e seus 15 parlamentares, uma vez que ninguém está disposto a entregar para o grupo de ‘desastrados’ o comando de suas legendas.

Depois das 24 horas, bolsonarismo segue derrotado

 

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a situação está cada vez mais complicada para Bolsonaro e aliados. Nesta sexta-feira (18), o PSL confirmou a suspensão de cinco deputados apoiadores de Jair Bolsonaro.

Os deputados suspensos estão entre os que assinaram a lista para tentar destituir o deputado Delegado Waldir da liderança do PSL na Câmara. Até o momento estão proibidos de representar o PSL nas atividades da Casa os deputados Carlos Jordy (RJ), Alê Silva (MG), Bibo Nunes (RS), Carla Zambelli (SP) e Filipe Barros (PR). Com isso, eles não poderão assinar listas no Congresso, discursar em plenário ou em comissões.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo e Revista Época

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