Em 27 anos como deputado, Bolsonaro aprovou apenas 2 projetos

Em 27 anos como deputado, ele custou aos cofres públicos R$ 59 milhões. Se não fez nada para melhorar sua vida nesses anos, porque confiar agora?

Wilson Dias/Agência Brasil

Jair Bolsonaro

Embora seja aclamado por alguns como “capitão”, Bolsonaro é na verdade um político “carreirista” e dos mais medíocres. Deixou o exército em 1988 e lançou-se vereador prometendo defender os militares.  Aos 63 anos, teve sete mandatos seguidos na Câmara e só dois projetos aprovados.

Como qualquer parlamentar, Bolsonaro possui um salário bruto de mais de R$ 33 mil além dos R$ 4.253,00 de auxílio-moradia que ele nunca quis abrir mão – mesmo possuindo apartamento próprio em Brasília. Também assim como qualquer outro deputado federal, seu salário é pago pelos cofres públicos. A grande diferença é que o tal candidato que é “honesto demais, praticamente um outsider da política tradicional” na verdade é um dos parlamentares com o pior desempenho na Câmara: são DOIS projetos aprovados em 27 anos de mandatos.

Somando todos os benefícios que ele tem direito como parlamentar eleito são mais de R$2 mi por ano. Isso sem contar os três filhos e duas ex-mulheres que ele levou para a vida pública. Fazendo as contas são R$59 mi em 27 anos para aprovar DOIS projetos.

Se divididos pelo valor que o candidato do PSL já consumiu dos cofres públicos, cada projeto custou ao erário quase 350 mil em dinheiro do povo. Como se não bastasse, sua atuação na Câmara também é pautada por defender as causas “antipovo”.

O homem que se gaba de ter votado contra “todos os direitos” das domésticas deu apoio a propostas retrógradas, como desobrigar o SUS a atender vítimas de violência sexual (PL-6055/2013) e impedir que pessoas trans de usar o nome social (PDC-18/2015). Bolsonaro também quer dar um tipo de ‘carta branca’ aos oficiais da intervenção federal no Rio, cujos relatos de roubos, estupros e execuções por parte da polícia vem chocando o mundo.

Dos poucos projetos propostos, maior parte é inútil ou corporativista

Sobram projetos bizarros, como a PL-443/2015, que queria batizar a faixa marítima do país como ‘Mar Médici’. Ou o PL 4562/98, cuja ideia era obrigar todos os cidadãos a colocar a mão direita sobre o peito durante o Hino Nacional.  Ele também sugeriu que fosse criado o Dia do Detetive Profissional (PL-1323/95), e o Dia do Desportista (PL-73/1995).

Foi autor de cerca de 170 projetos de lei, uma média de seis por ano de atuação. Só dois avançaram: uma redução do IPI para equipamentos de informática e a liberação da fosfoetanolamina, a tal “pílula do câncer” cuja eficácia em humanos jamais foi comprovada.

Se ele não fez nada para melhorar sua vida nesses 30 anos, porque ele mereceria um voto de confiança justo agora?

Da Redação Agência PT de Notícias

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