Em aniversário de 35 anos, CUT reforça luta por Lula
“Não temos plano ‘B’, a CUT apoia o Lula”, garantiu Vagner Freitas, presidente da Central, na comemoração de aniversário da entidade
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A história da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – que começou a ser erigida em plena ditadura militar e com o Brasil em avançada recessão econômica – atinge o marco de 35 anos e se renova no compromisso de trabalhadores e trabalhadoras em eleger Lula presidente. “Não temos plano ‘B’, a CUT apoia o Lula”, garantiu Vagner Freitas, presidente da Central, nesta terça-feira (28), data do aniversário da entidade.
A comemoração, que ocorreu durante reunião da Direção Nacional da CUT, em Brasília, foi uma reafirmação da importância de garantir a vitória de Lula, de estancar definitivamente o golpe e de resgatar os direitos trabalhistas usurpados nos últimos dois anos. “A imagem que os golpistas queriam era de Lula preso, engaiolado. Mas a imagem que correu o mundo foi a de Lula nos braços dos trabalhadores, nos braços do povo”, completou Freitas, ressaltando que o ex-presidente, a despeito do golpe, continua firme e cada vez mais forte.
A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que também participou da comemoração de 35 anos da Central, lembrou que, para desespero de quem traiu a democracia e o povo brasileiro, o golpe esbarra hoje no crescimento da candidatura Lula. “Apostaram no fim do PT e do Lula. Achavam que nossa estratégia estava errada. Mas dissemos que iríamos com ele até o fim. Primeiro, porque não abandonamos um companheiro que é inocente. Depois, se nós demostrássemos qualquer vacilação, estaríamos dando razão a esse sistema injusto que condenou Lula”, disse Gleisi.
Ela lembrou que, em conversa recente com o ex-presidente, ele avaliou que o PT nunca esteve tão bem como neste momento, porque enfrentou enormes problemas e travou grandes lutas, saindo fortalecido de todo esse processo recente. “Eu não tenho dúvidas de que isso também vale para a Central Única dos Trabalhadores, com o reconhecimento do que ela significa neste momento histórico. Nunca, depois do processo de redemocratização, tivemos tão clara a luta de classes na sociedade brasileira”, analisou.
Em nome de Lula e do Partido dos Trabalhadores, a senadora agradeceu à CUT pelo apoio, no último dia 15, à inédita mobilização popular para o registro da candidatura de Lula, em Brasília. “Tínhamos muitos sindicalistas e trabalhadores ali mobilizados pela CUT. Foi um dos momentos mais bonitos que vivemos na história recente de enfrentamento contra o golpe. Mais de 50 mil pessoas decidiram registrar a candidatura de alguém que está preso injustamente e reafirmar: ‘é ele que queremos como presidente!’”, ressaltou a presidenta do PT.
O líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), ao parabenizar a CUT por sua trajetória de luta, dimensionou que a batalha que se trava agora para derrotar o golpe, a partir da vitória de Lula nas urnas, extrapola as fronteiras do Brasil. “O resultado dessas eleições terá um profundo reflexo para o futuro da Argentina, do Uruguai, do Equador, da Bolívia, da Venezuela, dos países da América Central. Dirigentes sindicais de outros países são unânimes em dizer que aquilo que ocorrerá no Brasil será decisivo para a América do Sul e para a América Latina como um todo”, detalhou.
Pimenta reforçou que são notórios os objetivos pelos quais o golpe foi posto em prática: atacar a soberania nacional, entregar o pré-sal aos estrangeiros, destruir as empresas públicas, tirar direitos dos trabalhadores e trabalhadores e redesenhar o papel do Estado brasileiro. “Ocorre que até agora o golpe não deu certo. Tudo aquilo que eles se propuseram não aconteceu da forma que queriam. E passados dois anos do golpe, a poucos dias das eleições, eles sequer conseguiram apresentar um candidato competitivo”, afirmou.
“O presidente Lula preso há quase 150 dias lidera todas as pesquisas com mais do dobro do segundo candidato, com mais que a soma dos demais concorrentes. O que está em jogo nos próximos dias é se vamos derrotar o golpe e reiniciar o processo de mudanças estruturais nessa sociedade perversa, escravocrata e preconceituosa”, destacou Pimenta, afirmando ser fundamental impedir que o projeto golpista obtenha êxito nas urnas e continue a fazer estragos ao País e ao povo brasileiro.
Ao concluir sua fala, o líder petista fez um apelo para que a dedicação nessa reta final seja reforçada. “Se já estamos nos dedicando, temos que fazer um pouquinho mais. Cada um tem que representar um Lula, porque ele não pode estar aqui conosco. É por isso, companheiros da CUT, que a tarefa de vocês é imensa. Mas estou esperançoso e preparado para no dia 1º de janeiro ver Lula subir a rampa do Planalto e receber a faixa verde-e-amarela da presidenta Dilma. E nós, aos milhares, estaremos na Esplanada dos Ministérios dizendo que retomamos o nosso projeto e que a democracia venceu!”, afirmou Paulo Pimenta.
Da Redação da Agência PT de notícias