Mulheres trabalhadoras da CUT querem Lula

Para elas, vitória do petista garante que os direitos das mulheres avancem país; central completou 35 anos e segue em luta pelo resgate da democracia

Joka Madruga

Mulheres cutistas na Vigília Lula Livre, em Curitiba (PR)

As mulheres trabalhadoras são indispensáveis à história da maior central sindical da América Latina, a CUT, que completou 35 anos nesta terça-feira (28) em meio à luta pelo restabelecimento da democracia.

Neste ano, a entidade tem como principal agenda a retomada do país – que está nas mãos de golpistas desde que Michel Temer usurpou a Presidência da República por meio do golpe que destituiu a presidenta eleita, Dilma Rousseff, em 2016.

A secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Batista, reforça que esse movimento impactou principalmente a classe trabalhadora, e as mulheres foram as mais afetadas. Nesse contexto, ela ressalta que o resgate dos direitos retirados passa pela libertação de Lula e por vitória na disputa para presidente do Brasil.

“As mulheres e os homens da CUT querem Lula presidente da República. Sabemos que Lula é inocente e que Lula tem que ser uma pessoa livre pra poder retomar o Brasil e colocá-lo nas mãos dos brasileiros e brasileiras”, defende Junéia.

A retomada de políticas para mulheres é prioridade do Plano Lula de Governo. Entre os compromissos para a próxima gestão, está a retomada de programas que promovam a autonomia econômica, a igualdade de oportunidades e a isonomia salarial no mundo do trabalho entre homens e mulheres.

O Plano reforça que é preciso avançar na expansão dos direitos das mulheres gestantes e lactantes. Lula propõe ainda consolidar a implementação da PEC das Domésticas, esvaziada pela reforma trabalhista que foi aprovada pelo governo golpista.

Mulheres no movimento sindical

A participação das mulheres no movimento sindical, como destaca Junéia, é de extrema importância para a visibilização e reivindicação de suas pautas. “As mulheres ganham menos e são as mais violentadas no mundo do trabalho, então, com a participação elas colocam essas demandas em debate”, completa Junéia.

A partir dessa participação, em 1986, a CUT criou uma Comissão Nacional para tratar da questão da política de gênero, transformada mais tarde na Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora. Com isso, houve a conquista das cotas de 30% de mulheres em todas as instâncias de direção, que permitiu maior presença das mulheres nas direções sindicais. No Congresso realizado em 2015, a entidade aprovou a paridade de gênero em todas as estruturas executivas.

Por Geisa Marques, da Comunicação Elas por Elas

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