Em Curitiba, Ana Perugini anuncia: “atos de ódio não irão nos calar”

Deputada testemunhou ação de delegado da Polícia Federal invadiu espaço da vigília democrática Lula livre com gritos e ameaças e quebrou equipamento de som

Max D'oliveira

Deputada federal Ana Perugini, no acampamento Marisa Letícia

O tradicional Bom Dia a Lula corria normalmente na manhã desta sexta-feira (4) na praça da esquina democrática Olga Benário quando o delegado da Polícia Federal Gastão Schefer Neto chegou bradando gritos de ódio e intolerância e atacando verbalmente as pessoas que ali se concentravam. Na sequência, Neto atacou e quebrou os equipamentos de som utilizados na vigília Lula livre, nas imediações do prédio da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula é mantido como preso político.

Graças à ação dos voluntários que cuidam da segurança do espaço todos os dias, Neto foi contido de forma pacífica, impedindo que algo de mais grave acontecesse contra a integridade física dele ou dos presentes. Ninguém se feriu durante a ação.

O delegado foi conduzido pela Polícia Militar depois de continuar tentando intimidar os militantes, registrando seus rostos com um telefone celular. Schefer é conhecido pela campanha odiosa contra movimentos sociais e partidos de esquerda nas redes sociais e por ter sido candidato a Deputado Federal pelo PR (Partido da República) no estado.

A deputada federal Ana Perugini, que passou a noite no acampamento Marisa Letícia, testemunhou todo o ocorrido ao lado da deputada estadual Marcia Lia. A deputada estadual Rosangela Zeidan (PT-RJ) também estava no momento da ação.“Trata-se de uma situação deplorável e lamentável. Estamos aqui legalmente, em espaço concedido pela Justiça, que este homem invadiu para quebrar os equipamentos de som”, relata Lia.

“Já houve relatos de provocações nos dias anteriores, mas não vamos nos macular com isso. Vamos continuar em resistência. Atos de ódio não irão nos calar”, afirma Perugini. “A atitude dos companheiros que impediram que algo de grave acontecesse com qualquer uma das pessoas aqui foi louvável e expressa o caráter deste acampamento. É um caráter de luta pela democracia, a favor da organização. Vamos seguir em nossa luta.”

“Tamanha atitude é de extrema gravidade, e mostra a postura ideológica desta instância de perseguição à Lula, que é mantido como preso político”, afirmou o presidente do PT-PR, Doutor Rosinha. “Exigimos uma posição imediata da Polícia Federal, quanto a atitude de seu delegado.
A perseguição de membros da PF contra os democratas que ali se encontram em defesa de Lula é inaceitável.”

Logo após o ocorrido, as deputadas se reuniram com a Superintendência e a Corregedoria, e um Boletim de Ocorrência está sendo registrado no início da tarde. Os movimentos sociais, as Frentes e os partidos envolvidos na vigília Lula livre tomarão todas as medidas legais cabíveis para a apuração deste caso e de todos os outros ataques sofridos ao longo dos 27 dias de vigília.

“Ninguém pode invadir um espaço democrático como este e sair quebrando coisas, agredindo pessoas. Não existe nenhum cidadão que tenha o direito de fazer isso, que dirá uma pessoa com a função de proteger o cidadão”, diz Lia.

A experiência de jantar na vigília, a convivência com os acampados e a noite no Marisa Letícia pautam, para a deputada Perugini, o verdadeiro caráter da luta pela liberdade de luta. “O que vejo aqui é mais do que um ato de resistência. É a continuidade do que começamos a construir no Brasil com os governos Lula e Dilma.”

Da Redação da Agência PT de Notícias, de Curitiba

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