Em Porto Alegre, Maria do Rosário defende plano preventivo contra enchentes
Candidata do PT concentra campanha nas áreas mais atingidas pelas enchentes, como o bairro Sanrandi. Rosário considera crucial direcionar políticas para responder necessidades da população
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Enquanto os demais candidatos e candidatas que disputam a eleição para a prefeitura de Porto Alegre abordam de forma geral a prevenção contra enchentes, Maria do Rosário (PT), é a candidata que tem o plano de governo mais sólido para lidar com questões climáticas e de infraestrutura, assumindo – ao contrário dos demais – que é preciso um plano de abrangência contra as mudanças climáticas. Às vésperas da eleição, ela segue concentrando sua campanha nas necessidades urgentes da população das áreas mais atingidas pelas fortes inundações que tomaram o Rio Grande do Sul em maio.
Neste domingo (15), Maria do Rosário voltou a visitar o bairro Sarandi, e reafirmou o compromisso com a segurança da população, colocando-se à disposição de todos e todas, agora como candidata à prefeita de Porto Alegre. Localizado na zona norte de Porto Alegre, próximo das cidades de Canoas, Alvorada e Cachoeirinha, após o rompimento de um dique, em maio desse ano, 24 mil pessoas ficaram fora de suas casas por cerca de 26 dias.
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A candidata descreveu a visita como como um “incrível mutirão” e enfatizou que a oportunidade de ouvir a população de um dos bairros mais atingidos pelos desastres é fundamental para ajustar e direcionar as políticas de forma que realmente atendam às prioridades dos moradores e moradoras. “Eles nos falam do trauma após as tragédias, e nos falam das suas necessidades reais, e assim nos ajudam a planejar as ações para enfrentar e mitigar os impactos das enchentes,” observou.
Lisandra M., moradora do bairro Sarandi, agradeceu a visita da candidata. “Que alegria te receber no nosso bairro. Que bom que conseguistes conversar com os atingidos pela enchente e ouvir nossas reivindicações. Contamos contigo para mudar a história triste que nosso bairro viveu,” escreveu a moradora nas redes sociais de Maria do Rosário.
Durante seu mandato como deputada federal, Maria do Rosário dedicou-se com empenho para acelerar a chegada dos recursos do governo federal à cidade. Seu trabalho envolveu não apenas a coordenação com autoridades locais e técnicos, mas também um esforço contínuo para assegurar que a assistência financeira chegasse o mais rápido possível a Porto Alegre.
Ela também conversou com especialistas, como o técnico Augusto Damiani, ex-diretor do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) sobre a situação dos diques rompidos e demais estruturas. Além disso, Rosário percorreu diversos bairros da capital afetados, como o Sarandi. “Nesse bairro, testemunhei de perto a gravidade da situação, incluindo casas submersas e centros de triagem sobrecarregados,” lembrou.
Após voltar ao bairro e rever as pessoas agora tentando reconstruir suas vidas, Maria do Rosário agradeceu à população. “Muito obrigada aos amigos, às famílias do Sarandi, pois, mesmo com as adversidades, não baixarem a cabeça. Muito obrigada por acreditarem que uma nova Porto Alegre é possível,” declarou.
Melo esquiva-se de falar sobre erros de sua gestão
Para Maria do Rosário, a tragédia provocada pelas recentes inundações em Porto Alegre é um reflexo das falhas na gestão e na prevenção de desastres naturais, agravadas pelo desmonte das estruturas de gestão pública e pela falta de investimento em áreas essenciais. Ela acredita que essas situações exigem uma gestão eficaz e um compromisso sério com a proteção e a segurança da população.
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A gestão Melo enfrentou críticas significativas devido ao envio tardio de mensagens para os residentes de áreas em risco de alagamento. Segundo moradores dos bairros Menino Deus e Cidade Baixa, a Defesa Civil só emitiu alertas de risco após o avanço das águas, o que gerou uma resposta inadequada às necessidades emergenciais. Além disso, houve a divulgação de informações desencontradas sobre o desastre, o que agravou a confusão e a dificuldade na coordenação da resposta à crise, além de uma série de problemas de infraestrutura e falta de um plano de prevenção.
Sobre a forma como o atual prefeito, e candidato à reeleição, Sebastião Melo, lida com as respostas aos eventos climáticos, e os erros cometidos em sua gestão, Maria do Rosário afirma que ele tenta se esquivar dos problemas que ocorreram em Porto Alegre. “Há uma falta de consciência verdadeira sobre a crise climática. A prefeitura fala, no máximo, de resiliência, mas continua retirando árvores, incentivando construções, dando espaço para a especulação imobiliária. Não há ação para a cidade emitir menos gases de efeito estufa”.
Da Redação