Em SP, parceria com setor privado ampliará vagas em creches
Primeiro acordo, firmado com a rede Carefour, resultará em cinco creches na capital paulista
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A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo vai fechar uma parceria com empresas privadas para a construção e instalação de creches públicas. A primeira a aderir a iniciativa deve ser a rede de supermercados Carrefour, segundo anunciou o novo secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita (PMDB), a jornalistas na semana passada. O acordo com a multinacional, em processo de elaboração, deverá resultar na construção de cinco creches em estacionamentos do supermercado na capital paulista.
As empresas serão responsáveis pela construção das creches, que serão cedidas para administração da Prefeitura. Segundo Chalita, o primeiro acordo de cooperação já estaria praticamente confirmado com a responsável pela rede no Brasil.
Segundo a assessoria da Secretaria de Educação, a primeira unidade fruto da parceria será iniciada em breve, no Carrefour da Avenida Giovanni Gronchi. A escolha dos demais locais onde deverão ser cedidos espaços para as creches acontecerão de acordo com a demanda de alunos por região.
A iniciativa atende a uma promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) de criar 150 mil novas vagas, das quais 30.363 já foram criadas desde o início da gestão do petista. No período, foram entregue 30 novas creches, entre construções, novos convênios firmados e expansão do número de atendimentos já existentes.
Atualmente, a prefeitura de São Paulo atende a mais de 228 mil crianças em 1.749 Centros de Educação Infantil (CEIs). Cada criança na creche custa de R$ 545 a R$ 389 para prefeitura. Os valores variam de acordo com a quantidade de crianças em cada estabelecimento.
Cada creche deverá atender, em média, 200 crianças, de forma gratuita. As vagas serão destinadas as famílias que já estão na lista de espera de matrícula da prefeitura. Em 2014, a fila por espaço nas creches do município chegava a 185 mil nomes.
Ainda não é possível estimar o montante da econonomia que deve ser gerada para o município com o novo acordo de empréstimo dos espaços.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias.