Em SP, sindicato dos professores sofre invasão e depredação

No momento da invasão, ocorria uma reunião de servidores e professores municipais no local

A subsede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), da cidade de Mogi das Cruzes, foi invadida por 15 homens armados de cassetetes, na noite de segunda-feira (1º). A ação resultou em diversas instalações e equipamentos destruídos.

Segundo informou a assessoria de imprensa da entidade, ainda não é possível afirmar se a agressão foi dirigida ao sindicato, uma vez que a sede estava emprestada a servidores e professores municipais que, no momento da invasão, realizavam uma reunião na qual discutiam formas de organização das categorias.

A Apeoesp emitiu nota de repúdio contra os atos de violência contra a organização dos trabalhadores. Na nota, o sindicato exige das autoridades a imediata apuração dos fatos, a identificação e punição dos responsáveis e de seus mandantes.

“A sociedade não pode calar-se diante de fatos como este. Não podemos tolerar nem aceitar a escalada de violência e de ataques à democracia, à liberdade sindical, ao direito de organização e expressão, enfim, ao Estado democrático de direito, duramente conquistado”, afirma nota assinada pela presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.

Protesto – Na segunda-feira(1º), a atitude de seis professores de se acorrentarem às grades da Secretaria de Educação, forçou o secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald a convocar uma reunião com o sindicato.

A Apeoesp cobrou da secretaria uma posição sobre o pleito da categoria. Segundo a entidade, o secretário informou que encaminhou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) os estudos e propostas, mas não adiantou nenhum índice, pois, segundo Voorwarld, a decisão cabe ao governador.

O secretário voltou a divergir quanto à data-base, afirmando ser em julho. Para o sindicato, há uma lei segundo a qual a data-base de todo funcionalismo é o dia 1º de março.

De acordo com o sindicato, o secretário assegurou reposição das aulas. Uma minuta de resolução será discutida com a Apeoesp no final da greve. O sindicato afirmou que fará uma blitz na rede de educação em busca de subsídios para que a reposição corresponda às necessidades curriculares dos estudantes e dos professores.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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