Entidades e parlamentares defendem mais recursos para o SUS

Para mobilizar a sociedade, entidades e parlamentares promoveram o lançamento da petição pública “Você vai deixar o SUS perder mais R$ 35 bilhões em 2021?”, iniciativa do Conselho Nacional de Saúde (CNS)

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Mais recursos para o SUS enfrentar o pós-pandemia

Entidades de defesa da saúde pública e parlamentares de Oposição ao governo Bolsonaro defendem a manutenção do acréscimo orçamentário realizado neste ano ao SUS e a revogação da Emenda do Teto de Gastos (EC 95), que vem promovendo cortes bilionários de recursos do sistema. Para mobilizar a sociedade, entidades e parlamentares promoveram o lançamento da petição pública “Você vai deixar o SUS perder mais R$ 35 bilhões em 2021?”, iniciativa do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

A petição virtual foi lançada pela plataforma – change.org -, e pode ser acessada na página oficial e nas redes sociais do Conselho Nacional de Saúde. Participaram do lançamento o senador Humberto Costa (PT-PE); o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro; e o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire, entre outras autoridades e parlamentares. Segundo a CNS,  ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi convidado, mas não compareceu, nem indicou representantes.

“É por todas as vidas que estamos aqui hoje. Não podemos perder mais recursos do que já perdemos com a aprovação da emenda do Teto de Gastos (EC 95). Essa petição pública já está disponível nas redes sociais do CNS, precisamos garantir o SUS tão sonhado desde a primeira conferência nacional de Saúde e garantido pela constituição de 1988″, advertiu disse o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto. “Temos que continuar fortalecendo a nossa luta em defesa da vida, e expressar nosso luto pelas mais de 100 mil vidas perdidas pela Covid-19”, reafirmou.

Para o dirigente do Comitê de Financiamento do CNS e representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na entidade, André Luiz de Oliveira, a redução dos recursos destinados ao SUS em 2021 causará profundos prejuízos à sociedade. “Precisamos garantir esses R$ 35 bilhões para o SUS no orçamento no ano que vem, sob o risco de não termos recursos para atender as necessidades do pós-pandemia”, disse.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) – médico e ex-secretário de Saúde de Porto Alegre – ressaltou o papel fundamental do SUS. “Esta que é uma das maiores conquistas do povo brasileiro, que é o SUS, está sob risco por conta da política de subfinanciamento”, denunciou. “O Brasil é o único País do mundo que decidiu congelar investimentos sociais por 20 anos, inclusive em saúde”, afirmou. Para Fontana, o corte de recursos tem por objetivo avançar  com a privatização no setor da saúde.

O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Carlos Lula,  defendeu a permanência do atual incremento de R$ 35 bilhões no orçamento do SUS para o ano que vem. “Nessa pandemia criamos 11 mil leitos para enfrentar a pandemia, e isso não foi mágica, demonstra que a sociedade precisa desses leitos. E agora, quem vai manter esses leitos? Ou o governo federal vai mandar desativar esse leitos de UTIs e manda-los para um depósito?”, cobrou.

Da Redação com PT na Câmara

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