Especialista em “logística” deixa país sem seringas para vacinação
O fracasso do pregão é mais um flagrante negativo das qualidades “logísticas” do ministro Eduardo Pazuello na condução do Ministério da Saúde. A falta de seringas completa o quadro de ausência de plano para início seguro da vacinação e de treinamento dos profissionais
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Entre a incompetência e ação deliberadamente relapsa, fracassou o leilão do governo federal para compra de seringas. Das 331 milhões de unidades pretendidas, o Ministério da Saúde só conseguiu comprar 7,9 milhões, ou seja, 2,4%. O pregão eletrônico foi realizado nesta terça-feira, 29.
O fracasso do pregão é mais um flagrante negativo das qualidades “logísticas” do ministro Eduardo Pazuello na condução do Ministério da Saúde. A falta de seringas completa o quadro de ausência de plano para início seguro da vacinação e de treinamento dos profissionais.
A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por Estados e municípios. No entanto, durante a pandemia, o Ministério da Saúde decidiu centralizar estes insumos. Diante disso, o ministério terá que realizar um novo pregão, ainda sem data definida.
Brasil é um navio à deriva na pandemia. Sem vacina, sem seringas… Esse governo irresponsável e genocida precisa acabar! pic.twitter.com/aKEQI4JPeQ
— Henrique Fontana (@HenriqueFontana) December 30, 2020
Além da vacinação contra a Covid-19, as seringas e agulhas adquiridas pelo Ministério da Saúde serviriam para a campanha de imunização contra o sarampo. Em relação à Covid-19, a estimativa é que 108 milhões de doses sejam aplicadas ainda no primeiro semestre, no caso do governo apresentar um plano de vacinação exequível.
Segundo representantes da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), desde julho a entidade alerta o Ministério da Saúde o sobre a necessidade de planejar a compra das vacinas.
Da Redação