Esther Dweck diz que empresas públicas devem ser alavancas da transição energética

Ministra da Gestão e Inovação participou do Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática, um debate internacional sobre o papel das estatais na agenda do clima

Divulgação/MGI

Ministra Esther Dweck no Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática

“Mais e melhor Estado”, um conceito que envolve participação mais ativa e eficiente da União no combate às mudanças climáticas, foi defendido pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, em evento pré-COP 30 nesta quarta-feira (15) no Centro de Pesquisa da Petrobras no Rio de Janeiro.

Durante o Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática, um debate internacional sobre o papel das estatais na agenda do clima, ela ressaltou que enfrentar a crise climática exige fortalecer a presença e a qualidade do Estado.

“Estatais representam ações concretas na estratégia de transição ecológica nacional, e são parceiras estratégicas no enfrentamento do desafio das mudanças climáticas. A transição energética precisa ser mais justa e eficiente e, para isso ocorrer, o papel do Estado é central”, ressaltou a ministra, em forte contraposição às teses da extrema direita e às falsas narrativas de que estatais são meios de corrupção e prejuízos.

Estatais são alavancas

Dweck avalia que a transição ecológica requer um Estado capaz de planejar, coordenar e investir com integridade e eficiência, que forma pessoas, cria mercados, reduz incertezas e garante serviços públicos de qualidade.

“É importante a transformação de empresas públicas em alavancas da transição energética”, assinalou, em sintonia com o projeto de país liderado pelo presidente Lula que prioriza a força do Estado na atuação e financiamento das estatais para a consolidação do desenvolvimento soberano, sintonizado com a agenda transversal de transição energética.

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Em seu perfil na rede X, ela publicou trecho de sua fala sobre a força das estatais na transição energética.

Promovido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) em parceria com a Petrobras, com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e da Open Society Foundations (OSF), o evento reuniu gestores de governos e de empresas estatais como Itaipu Binacional, Petrobras, Caixa e Banco do Brasil; universidades e autoridades internacionais com foco na COP 30.

Descarbonizar é investir no futuro

Por meio das empresas estatais, o Estado deve ser, segundo Dweck, indutor da transição energética ao implementar ferramentas que viabilizem financiamentos a projetos sustentáveis e de descarbonização da economia. Para isso, ela apontou a necessidade de se combinar inovação, justiça social e soberania nacional.

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A descarbonização não pode ser vista como um custo e sim um investimento no futuro. “É uma chance de fortalecer nossa base produtiva, gerar empregos de qualidade e ampliar a autonomia do Brasil diante dos desafios climáticos”, reforçou a ministra que vê o Brasil num momento decisivo em que o Estado tem papel essencial na coordenação das políticas de transição ecológica.

Esther Dweck disse que as estatais são um patrimônio do país e um instrumento de futuro que, com o compromisso do presidente Lula, segue fortalecendo a governança e orientando investimentos para reduzir emissões, gerar emprego e consolidar a soberania. ”Elas representam ações concretas na estratégia de transição ecológica nacional, são parceiras estratégicos no enfrentamento do desafio das mudanças climáticas”, ressaltou a ministra.

Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, a transição energética exige ação direta do Estado. “As empresas estatais têm o dever de liderar a construção de uma sociedade mais inclusiva e sustentável. Investir juntos é essencial. Quando unimos esforços e conhecimento, aceleramos soluções tecnológicas e entregamos mais à população”, concluiu.

Da Redação, com Agência Gov

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