Fontana: Financiamento público fecha as portas da corrupção

Para deputado petista, doações feitas por pessoas físicas ser limitadas. Além disso, Fontana defende que regras alcancem políticos em todos os períodos

Buscando um pacto forte contra a corrupção, o Partido dos Trabalhadores quer apoio dentro do Parlamento e da sociedade para aprovar o financiamento público de campanha, que garantirá a igualdade de oportunidade para todos os candidatos e será um grande aliado ao combate à corrupção.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos defensores da reforma política, disse acreditar que a grande maioria da corrupção que investigada na Operação Lava Jato, por exemplo, é fruto de doações de empresas para as campanhas eleitorais.

“As campanhas eleitorais precisam ter uma lei que defina o limite de dinheiro que pode ser gasto por cada candidato. Precisamos reduzir os custos e retirar de vez a doação empresarial”, explicou.

Segundo ele, o PT busca o apoio de um grande bloco dentro da Câmara e do Congresso e quer contar, também, com a força da sociedade em favor de uma reforma política para limitar as doações de empresas em campanhas eleitorais.

Um dos pontos defendidos por Fontana é que as doações feitas por pessoa física tenham limite. “Vale lembrar que cada cargo deverá ter um teto que limitará o valor das doações. Se o político tem dois mil amigos que querem doar um salário mínimo, por exemplo, ele ultrapassará este máximo, que será estipulado durante os debates”, exemplifica o deputado.

Além disso, Fontana enfatiza que “o próprio candidato não poderá fazer um investimento grande em sua própria campanha. Todas as doações não deverão ultrapassar o limite estipulado”.

Segundo Fontana, o financiamento público de campanha fecha de todos os lados o abuso do poder econômico e também as portas da corrupção. “A população é contra o financiamento de campanha feito por empresas. Cerca de 80% quer uma mudança”, afirmou.

O deputado defendeu ainda que a proibição de doações de empresas deve alcançar os partidos políticos em qualquer momento, e não apenas durante as eleições.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse em entrevista coletiva na terça-feira (17) que a legenda está em processo de diálogo com entidades e a base aliada para aprovar o fim do financiamento empresarial de campanha.

“O partido está dialogando com várias entidades que tenham a bandeira da reforma política como prioritária e estamos tentando unificar as posições”, explicou.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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