Gleisi, após jantar de Tarcísio com Campos Neto: “Ele não tem nada de técnico, é político”

Com o beneplácito da mídia corporativa, o bolsonarista Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), repete aos quatro ventos a tese falaciosa de que sua atuação à frente da autarquia sempre foi estritamente técnica. Mais uma vez traído pela realidade dos fatos, Neto foi recebido em jantar pelo também bolsonarista Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, na noite de segunda-feira (10). Diante do descarado covescote com a oposição, a presidenta Nacional do PT Gleisi Hoffmann foi às redes sociais para lembrar ao país a quem o presidente do BC serve de verdade: o sistema financeiro.

“Campos Neto faz política”, denunciou Gleisi, pela rede “X“. “Que outro presidente de Banco Central fica em convescotes, jantares, conversas e homenagens com políticos de oposição e com o “mercado” como ele fica?”, indagou a petista.

Campos Neto faz política. Que outro presidente de Banco Central fica em convescotes, jantares, conversas e homenagens com políticos de oposição e com o “mercado” como ele fica? Ele não tem nada de técnico, é político. Olhem o comportamento do Jerome Powell, presidente da Reserva…

— Gleisi Hoffmann (@gleisi) June 11, 2024

Gleisi reafirmou que Neto “não tem nada de técnico” e comparou o ativismo político do bolsonarista com o trabalho de autoridades de outros países, como Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, o banco central americano, e de Christine Lagarde, do Banco Central Europeu.”Isso não acontece [a atuação política] em lugar nenhum do mundo”, afirmou Gleisi Hoffmann.

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Gleisi apontou ainda para a captura orçamentária que os juros da dívida impõem ao governo federal, restringindo sua capacidade de investir no país. “Depois de obrigar o país a pagar R$ 800 bilhões em juros da dívida em 12 meses, Roberto Campos Neto jantou com Tarcísio Freitas no Palácio Bandeirantes”, ressaltou a petista.

A presidenta do PT revelou o real motivo das festas frequentadas por Campos Neto: o reforço na estratégia da oposição de impedir o crescimento da atividade econômica do país. “[Ele] foi à festa dos bolsonaristas para comemorar o prejuízo causado à economia e à população. É assim que planejam voltar ao governo em 2026: sabotando o governo Lula com o veneno dos juros, tocando o terror no mercado e mentindo muito, como ensina Bolsonaro, o chefe de todos eles”.

Da Redação