Gleisi discutirá saídas para crise com direções e militantes estaduais do PT

Presidenta da legenda quer abordar o agravamento das crises econômica, social e sanitária em encontros por videoconferência com dirigentes estaduais do partido. A primeira rodada começa por Minas Gerais

Ana Paula Schreider

O agravamento da crise econômica e social brasileira, agravada pela pandemia do coronavírus, será discutida pela presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), com dirigentes e militantes da legenda nos estados, num esforço de ajudar a construir uma saída para o país e redefinir os rumos da sigla. “O país está passando por um momento muito grave e é o momento de ficarmos atentos aos desdobramentos da conjuntura”, explica. A primeira videoconferência ocorre dia 21, começando pelo PT de Minas Gerais.

A ideia das rodadas de reuniões com as direções e militantes do PT é ajudar a organizar a base e explicar o que a legenda está promovendo no plano nacional para dar combate ao governo Bolsonaro. O PT anunciou que vai engrossar, com outros partidos de oposição e do campo democrático, além de organizações representativas da sociedade civil, a luta pelo pedido coletivo de impeachment a ser apresentado esta semana ao Congresso.

As novas denúncias contra Bolsonaro, lançadas no domingo pelo empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro, deixaram mais conturbado o cenário político em Brasília. Marinho disse que recebeu a informação do filho do presidente que a Polícia Federal decidiu adiar, por uma semana, a deflagração da operação Fuga da Onça, que tinha como alvo Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, e demitido dias antes da PF detonar a investigação que apura a prática de rachadinha.

O PT desenhou duas estratégias jurídica para apurar o caso: uma no âmbito da Câmara dos Deputados, com a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as denúncias de Marinho, e outra no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral, onde tramitam ações para a cassação da chapa eleita de Bolsonaro, em 2018, por fraude e abuso nas eleições presidenciais.

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