Golpe é liderado por políticos acusados de corrupção, diz NYT
Jornal dos EUA destacou que Dilma não enfrenta acusação de corrupção e que processo de impeachment é liderado por políticos que enfrentam acusações, como Cunha
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O jornal norte-americano The New York Times criticou o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em uma grande reportagem publicada na edição desta sexta-feira (15), o mais importante jornal dos Estados Unidos destaca que o processo de impeachment está sendo liderado por políticos que enfrentam uma série de acusações, como corrupção, fraude eleitoral e até abusos de direitos humanos.
A reportagem ressalta, ainda, que a presidenta “não enfrenta acusação de corrupção” e não é acusada de roubar dinheiro público. “A senhora Rousseff, então, é uma raridade entre as grandes figuras políticas: Ela não é acusada de roubar dinheiro para ela mesma”, diz a reportagem do Times.
A matéria, intitulada ‘Dilma Rousseff é alvo no Brasil de legisladores que enfrentam seus próprios escândalos’, afirma que há “hipocrisia entre os líderes brasileiros”.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é dos parlamentares citados pelo jornal que são favoráveis à saída de Dilma, e que enfrentam acusações de corrupção.
“O poderoso presidente da Câmara que está liderando o esforço pelo impeachment está em julgamento no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de que embolsou US$ 40 milhões em propinas”, diz a publicação.
A reportagem também lembra de acusações de corrupção que envolvem outros personagens centrais no processo, como o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Esta não é a primeira vez que o The New York Times atesta a honestidade da presidenta Dilma. Em matéria do dias 12 de abril, o jornal afirmou que “Dilma é uma das raras figuras políticas no Brasil que não estão enfrentando acusações de enriquecimento pessoal ilícito”.
E completou que, “incapazes de afastá-la por denúncias de corrupção”, os adversários da presidenta “estão tentando impeachment por manipulação orçamental envolvendo o uso de recursos de bancos estatais para cobrir lacunas de orçamento”.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias