Golpe é retrocesso democrático e de direitos, diz líder do PSOL
“Se a farsa do processo de impeachment for aprovada, teremos um governo ilegítmo e impopular”
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Uma eventual aprovação do relatório que recomenda a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff vai representar um retrocesso democrático e nos direitos dos trabalhadores brasileiros. A avaliação foi feita pelo líder do PSOL, deputado federal Ivan Valente (SP), ao defender a importância de se barrar o golpe.
“Michel Temer não teve nenhum voto para presidente, tem 1% das intenções de voto, 60% da população o rejeita e quer seu impeachment. E ele também assinou as pedaladas”, afirmou. “Teremos um retrocesso democrático e nos direitos civis, porque se trata de concretizar uma agenda que será de mais sacrifícios para a sociedade brasileira.”
Segundo Ivan Valente, caso a “farsa” do processo de impeachment seja aprovada, “teremos um governo ilegítmo e impopular”. “O PSOL quer denunciar que está em curso uma ruptura com o Estado Democrático de Direito, um golpe institucional, concretizado através de tenebrosas transações”, afirmou.
Ivan Valente afirmou que seu partido quer a punição de todos os corruptos, “doa a quem doer”, e citou a última edição da revista Exame, que publicou texto intitulado “Cunha recebeu propina de R$ 52 milhões”, para ressaltar que a condução do processo de impeachment por Eduardo Cunha é um “espetáculo degradante”.
“É um processo fruto do oportunismo e do cinismo da oposição de direita”, disse. “É um processo sem crime de responsabilidade. Por isso, inventaram uma manobra, as pedaladas, para tentar cassá-la pelo conjunto da obra.”
Da Redação da Agência PT de Notícias