Governo apela para fake news tentando encobrir desastre econômico

Os indicadores do último trimestre de 2019 contestam amplamente a tentativa ilusionista dos economistas oficiais

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O ministro da Economia, Paulo Guedes: Em 23 meses de condução da economia brasileira, gerou recessão de 11%, desempregou 14 milhões de brasileiros e ampliou a desigualdade

Na tentativa de encobrir o fracasso do PIB (Produto Interno Bruto) de apenas 1,1% – ou seja, a estagnação do PIB per capita, o governo está divulgando uma fake news. Em card assinado pela SECOM, inventaram o “PIB privado”, que seria diferente do “PIB público”. A “tese” dos economista do governo é que o “PIB público” caiu 2,25%, enquanto o “PIB privado” cresceu 2,75%. A nova nomenclatura, no entanto, é uma invenção sem qualquer base na realidade econômica.

Os indicadores do último trimestre de 2019 contestam amplamente a tentativa ilusionista dos economistas oficiais. Na demanda, o investimento caiu 3,3% no quarto trimestre contra o trimestre anterior. Na oferta, a construção civil caiu 2,5% no quarto trimestre contra o trimestre anterior. A taxa de investimento da economia é uma das mais baixas desde 2000. Com isso, a economia entrou 2020 em desaceleração.

O malabarismo do governo é uma tentativa de iludir a população com um jogo de números, alertam economistas. O principal gasto do governo, por exemplo, é a transferência de renda para as áreas previdenciária e assistencial. Nas contas do governo, os recursos aparecerão como “privados” mas, no entanto, são transferências públicas. Por outro lado, se o governo reduzir o número de atendimentos no SUS ou de alunos na rede pública, isso significará queda dos gastos do governo. Tais situações evidenciam a total inconsistência da nova “contabilidade” do ministro Paulo Guedes.

A realidade dos fatos é que o crescimento de 1,1% em 2019 corresponde praticamente a uma estagnação do PIB per capita pelo terceiro ano consecutivo (2017, 2018 e 2019). “É a retomada mais lenta de nossa história econômica, fortemente motivada pela insuficiência de demanda e agravada pelo arrocho fiscal”, afirma o economista Bruno Moretti, da assessoria econômica da Liderança do PT no Senado.

Por PT no Senado

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