Flávio e Eduardo Bolsonaro criaram grupo de fake news contra jornalista

Intercept comprova que números de telefone dos filhos do presidente criaram e gerenciam grupos de WhatsApp responsáveis por espalhar mentiras sobre Patricia Campos Mello, além de contaminarem as eleições de 2018

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Faça a seguinte pergunta a qualquer brasileiro: o que fazem pelo país, em suas respectivas funções como parlamentares, Flávio e Eduardo Bolsonaro. É bem provável que nenhum cidadão consiga apontar um mísero projeto de ambos em favor do Brasil. Mas o que todos sabem, até mesmo os que cinicamente tentam os defender, é que ambos possuem relação íntima com milícias, são fanáticos defensores da ditadura e, como agora prova o The Intercept Brasil, responsáveis diretos por propagarem fake news.

A denúncia, publicada pelo site nesta sexta-feira (14), enterra qualquer possibilidade de defesa sobre o caráter dos filhos do presidente: são dos telefones celulares do 01 e do 03 que as mentiras contra a jornalista Patricia Campos Mello estão sendo espalhadas em grupos bolsonaristas de WhatsApp. Há dois anos, pelo menos vinte grupo de whatsapp bolsonaristas também foram criados e estão sendo gerenciados por seus telefones. Claramente, parte da rede de fake news que chocou o país durante as eleições de 2018 foi comandada por eles.

Funcionária da Folha de S. Paulo, Patricia foi acusada por Hans River, funcionário de uma empresa de disparos do aplicativo, de ter oferecido sexo em troca de informações. A declaração foi dada em depoimento prestado à CPMI das fake news e logo desmentida pela jornalista com inúmeras provas.

“Os números dos celulares ligados aos dois administram pelo menos 20 dos grupos que eu monitoro. Juntos, eles permitem a distribuição de conteúdo de extrema direita para pelo menos 5 mil pessoas – são 250 em cada grupo. Nesta semana, circularam por lá memes misóginos e montagens que insinuam que a jornalista estaria se prostituindo para conseguir informações – desdobramentos da narrativa plantada na CPMI”, explica David Nemer, que assina a reportagem do The Intercept.

O jornalista passou os últimos dois anos ‘infiltrado’ nos grupos acima citados  e conta qual era a dinâmica de funcionamento da militância regida pelos irmãos Bolsonaro: “Descobrimos que os criadores e administradores de alguns dos principais grupos eram os números das campanhas de Eduardo e Flávio Bolsonaro e que até contas da Índia, Paquistão e Iêmen ajudaram a espalhar notícias falsas e conteúdo extremista. Também observamos que a rede de distribuição no WhatsApp agia de maneira coordenada, com membros trabalhando em diferentes funções para manter o grupo funcionando”.

Sem nada a oferecer aos brasileiro, cada vez mais desamparados pelo governo federal, o deputado federal Eduardo e senador Flávio tem trabalhado duro apenas para uma coisa: enganar o povo brasileiro e manter em funcionamento o destruidor projeto de poder orquestrado pelo papai presidente.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do The Intercept 

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