Haddad: “A crise termina quando Lula subir a rampa do Planalto”

Em entrevista ao Canal Livre na madrugada desta segunda-feira, o candidato à vice na chapa Lula reafirmou a importância de cumprir a resolução da ONU

Ricardo Stuckert

Fernando Haddad participou do programa de entrevistas Canal Livre

O porta voz e candidato à vice na chapa de Lula, Fernando Haddad, participou do programa de entrevistas Canal Livre na Rede Bandeirantes, na madrugada desta segunda-feira (20). Haddad reiterou a importância da determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que garante a Lula o pleno direito de ser candidato, e comentou o crescente reconhecimento internacional acerca da perseguição jurídica e política que o ex-presidente vem sofrendo.

Ao analisar a resolução da ONU, o candidato a vice ressaltou seu caráter mandatório. “Nós adotamos a convenção (de Direitos Humanos das Nações Unidas) como lei interna, aprovada pelo Congresso Nacional. Não é uma recomendação. O Partido dos Trabalhadores vai exigir seriedade das instituições”, disse Haddad. Ele lembrou ainda que Lula afirmou diversas vezes que não troca sua dignidade pela sua liberdade, tem certeza que a justiça prevalecerá e que será inocentado pelos tribunais superiores, uma vez que foi condenado sem provas.

Haddad reiterou que o movimento internacional em defesa da liberdade de Lula vem crescendo e citou os posicionamentos de líderes mundiais que condenam o fato de o ex-presidente ter sido condenado sem provas, como o prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel, e o Papa Francisco. “Essa crise institucional só termina quando Lula subir a rampa do Planalto”, falou Haddad.

O ex-ministro da Educação lembrou que a política econômica da era Lula promoveu crescimento com responsabilidade tributária. “Lula tem muito orgulho de ter sido o presidente que pagou a dívida brasileira com o FMI, que conseguiu grau de investimento para o país, que mais reduziu a dívida interna”, disse o porta-voz do ex-presidente.

Haddad apontou que o primeiro passo para sair da crise é resgatar o projeto de país, de crescimento econômico com inclusão social, que já deu certo e foi destruído pelo governo ilegítimo de Temer e do PSDB. Haddad também comentou propostas econômicas do plano Lula de governo, ressaltando a reforma tributária com vistas a uma tributação mais justa: famílias que ganham até cinco salários mínimos serão isentas de imposto de renda, o que aumentará o poder de compra dos cidadãos e injetará dinheiro na economia. Ao mesmo tempo, haverá mudanças no sistema bancário, com vistas a diminuir os juros e facilitar o acesso ao crédito para indivíduos e empresas: quanto mais juros os bancos cobrarem, mais impostos pagarão.

O candidato a vice-presidente defendeu que as melhores propostas para o país devem ganhar as eleições, e que Lula deve ter reconhecido seu direito a participar de debates e entrevistas. Além de proibirem ilegalmente Lula de participar dos debates, os adversários tampouco querem debater com Haddad. “Estão com medo de mim?”, finalizou o ex-ministro.

Por lula.com.br

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