Haddad defende reapropriação do espaço público

Em entrevista ao Brasil 247, prefeito de SP ressaltou importância da inserção da cidadania em espaços da capital paulista

Em entrevista exclusiva concedida ao site “Brasil 247”, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), defendeu a reapropriação do espaço público pela cidadania. Para ele, a atual gestão da capital paulista mudou paradigmas ao investir em iniciativas como praças com wifi, ciclofaixas e faixas exclusivas para ônibus.

“Nossa gestão mudou o paradigma. Tudo o que é espaço público está sendo ocupado na cidade. Pelo público. Tem um conceito que perpassa toda a administração: é a reapropriação do público pela cidadania”, explicou Haddad.

Na entrevista, o prefeito voltou a desmentir dados apresentados pela revista “Veja São Paulo” que apontavam custo de R$ 650 mil por quilômetro de ciclofaixa. Segundo ele, o valor foi de R$ 185 mil.

“Misturavam outras obras, como o aterramento de fios na Paulista, a reforma semafórica na Faria Lima, como se isso fosse o custo da ciclofaixa”, detalhou.

De acordo com Haddad, em 2012, ano em que assumiu a prefeitura, a malha cicloviária era de 60 quilômetros. Até o início deste ano, a cidade contava com 230 quilômetros e a previsão é chegar em 2016 com 500 quilômetros.

Sobre as faixas exclusivas para ônibus, o prefeito informou que as intervenções causaram aumento de 46% na velocidade do trânsito. Com isso, redução no tempo do trajeto, ao dia, de 38 minutos para o usuário do transporte público.

Além disso, segundo Haddad, desde 2012 são registradas quedas nas taxas de piora do trânsito. De acordo com o petista, entre 2011 e 2012, a piora foi de 14%; entre 2012 a 2013, piorou 7% e, de 2013 a 2014, apenas 2%.

Em relação aos ataques sofridos pelo Partido dos Trabalhadores, Haddad disse não considerar essas iniciativas boas para a democracia. Segundo ele, o PT empunha as bandeiras mais avançadas e não se pode condenar uma agremiação por causa do comportamento antiético de um ou outro filiado.

“Você precisa ter um espaço de consenso, nem que seja apenas no plano institucional”, ressaltou Haddad.

Haddad ainda saiu em defesa do fim do financiamento empresarial de campanhas políticas. Para ele, as coligações proporcionais resolveriam 80% dos problemas da democracia representativa no País. “Acho que com pequenos reparos é possível fazer uma boa reforma”, ressaltou Haddad.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Brasil 247”

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