Humberto e Regina condenam tentativa de privatização da Chesf
Segundo senadores, venda da Companhia Hidroelétrica do São Francisco e de demais subsidiárias da Eletrobras tornará energia mais cara ao cidadão
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A senadora Regina Sousa (PT-PI) e o senador Humberto Costa (PT-PE) participaram nessa terça-feira (17) de atos em defesa da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que está sob ameaça de privatização, em conjunto com a Eletrobras e demais subsidiárias.
Na última quinta-feira (12), uma decisão liminar da a 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro na quinta-feira passada (12), que determinou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) interrompesse o processo iniciado por um edital de privatização. A decisão foi publicada na última segunda-feira (16) no Diário Oficial da União.
Porém, no dia de ontem (17), o presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), André Fontes, suspendeu a decisão que impedia o leilão das seis distribuidoras de energia da Eletrobras, que operam nas regiões Norte e Nordeste, marcado inicialmente para o próximo dia 26.
Na avaliação da senadora, a população precisa estar ciente que a principal prejudicada será ela em caso de confirmação da entrega do patrimônio nacional para empresas do exterior, já que a tendência é que as contas de energia aumentem progressivamente levando ao fim de programas como o Luz Para Todos.
“A privatização não é benéfica para a população. Ela vai implicar em energia mais cara para o povo brasileiro pois o contrato prevê quatro reajustes de tarifas em apenas um ano no Piauí, além do fim dos subsídios sociais”, explicou a senadora que participou de ato realizado em Teresina.
O líder da Oposição, Humberto Costa também participou de ato contra a privatização da Companhia, realizado em Pernambuco, e lembrou que o golpe perpetrado contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016, deu início a uma série de desmontes dos direitos sociais, além da privatização do aparelho estatal com a entregando as empresas públicas aos entes privados.
“A venda da Eletrobras é um dos 75 projetos de desestatização que o governo Temer quer concluir ainda em 2018 para levantar recursos com a finalidade de apoiar seus candidatos nessas eleições. E nós estamos aqui empenhados em barrar todos os passos desse governo nefasto para que o povo brasileiro não seja ainda mais prejudicado com todos os retrocessos que estão acontecendo”, avaliou.
Na avaliação dos sindicalistas, a Eletrobras vale aproximadamente 400 bilhões de reais e o governo Michel Temer pretender vendê-la por apenas R$ 20 bilhões.
A empresa é responsável pela geração de 31% da energia do Brasil, 50% das linhas de transmissão, distribui energia em 6 estados do Norte e Nordeste do Brasil e vende a energia mais barata do Brasil (1/4 do praticado pelo mercado).
Além disso, a Eletrobras apresentou lucro de R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre de 2017 e R$ 3,4 bilhões no ano de 2016.
Por PT no Senado