Índice de Confiança do Consumidor chega ao maior patamar desde fevereiro de 2019

Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) mostra avanço de 4,1 pontos do ICC em junho, totalizando 92,3 pontos. IPCA-15 também teve queda de 0,07% em julho

Arquivo - Flávio Neves

Em seis meses, as famílias voltam a ter esperança: índices pesquisados pela FGV mostram melhoras pelo terceiro mês consecutivo

O conjunto de medidas do governo Lula que impactam positivamente a economia do país apresenta reflexos positivos na intenção dos brasileiros de adquirir bens duráveis, o que resultou na elevação do Índice de Confiança do Consumidor (ICC). Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgada pelo jornal Valor nesta terça-feira (25) mostrou avanço de 4,1 pontos do ICC em junho, totalizando 92,3 pontos, menor apenas que os 94,5 registrados em fevereiro de 2019.

Também hoje o IBGE informou que, com o recuo nos preços de energia elétrica, alimentação, habitação, bebidas, artigos de residência comunicação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve queda de 0,07% em julho, deflação que beneficia principalmente as famílias de baixa renda.

Em seu Twitter a presidenta do PT Gleisi Hoffmann (PR) destacou que os números justificam a queda na taxa de juros. “Prévia da inflação, puxada pela redução do preço dos alimentos, registrou queda em julho, continuando a desaceleração. Em 12 meses, acumulou 3,19% abaixo da meda do BC. Ou seja, tem espaço de sobra pra baixar os juros”, cobrou Gleisi.

Em apenas seis meses de governo Lula o cenário de caos econômico e aumento da fome e da pobreza dos últimos seis anos vai dando lugar a um novo Brasil com inflação em queda, geração de empregos, reforma tributária, programa Desenrola, investimentos do BNDES em micro, pequenas e médias empresas e tantas outras ações que apontam para a recuperação significativa da confiança dos consumidores e o reaquecimento da economia. Os índices pesquisados pela FGV mostram melhoras pelo terceiro mês consecutivo.

O ICC é composto por vários quesitos e o que mede a intenção de compras de bens duráveis foi o que mais influenciou a melhora do índice. A alta de 11,7 pontos fez com que ele chegasse em 91,6 pontos, muito próximo dos 92,5 pontos registrados em outubro de 2014. Outro indicador que contribuiu para a elevação do ICC foi o que mede o grau de otimismo com a situação econômica. Em ascensão pelo segundo mês, ele alcançou 118,4 pontos.

Especificamente em junho, a alta foi identificada entre todas as faixas de renda da pesquisa e se justifica pela melhora da percepção sobre a situação corrente e também pelas expectativas para os próximos meses, conforme análise de Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, em entrevista ao jornal Valor.

“O indicador que mede a intenção de consumo de bens duráveis nos próximos meses foi o principal impulsionador do resultado no mês, sugerindo uma redução do pessimismo na intenção de gastos, frente ao alívio da inflação e a expectativa de queda dos juros no futuro”, afirmou a economista. O FGV Ibre identificou que, pelo segundo mês consecutivo, houve melhora de 3,6 pontos no Índice de Expectativas (IE), que foi para 104,0 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA) registrou 75,7 pontos, uma elevação de 4,4 pontos, o maior nível desde março de 2020.

Deflação em julho

Conforme divulgado pela Folha, considerando apenas no mês de julho, a queda de 0,07% do IPCA 15 é primeira desde 2017, quando o recuo foi de 0,18%. Segundo o IBGE, essa deflação foi puxada pela queda dos preços da energia elétrica residencial. A conta de luz teve baixa de 3,45% após a incorporação do chamado Bônus de Itaipu nas faturas. É um crédito em razão do saldo positivo na comercialização de energia da usina binacional em 2022.

O grupo habitação recuou 0,94% em julho e contribuiu com -0,14 ponto percentual para a baixa do IPCA-15. Houve queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) e o grupo alimentação e bebidas teve deflação de 0,40% em julho.

O resultado de alimentação e bebidas vem da deflação da alimentação no domicílio (-0,72%), que teve recuo em junho. As quedas foram feijão-carioca (-10,20%), óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). Os preços dos grupos artigos de residência (-0,40%) e comunicação (-0,17%) também recuaram, assim como automóvel novo (-2,34%) e o automóvel usado (-1,05%).

“Minha obsessão é com o crescimento e com a geração de empregos. Não vou desistir até o povo comer três vezes por dia”, anunciou Lula em abril, nos 100 dias de seu governo.

Da Redação

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