Inflação do IPCA-15 desacelera e tem menor índice em seis meses

IBGE informa que taxa de maio cai pelo terceiro mês consecutivo e é quase metade da de abril devido à desaceleração nos reajustes na conta de luz

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou em maio queda pelo terceiro mês consecutivo, com a taxa de 0,6%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), nesta sexta-feira (22), e levam em conta o período de 30 dias, contados a partir de 15 de abril.

De acordo com o instituto, esta é a menor taxa do IPCA-15 nos últimos seis meses. O indicador tem importância por servir como prévia do índice oficial de inflação no país.

Para o IBGE, o resultado decorre da contenção nos preços da tarifa de energia elétrica no mês. Segundo o levantamento, o peso da conta de luz nas despesas familiares é de 3,88%. No entanto, em abril a elevação dos preços do setor foi de 13,02%, contra 1,41% em maio.

Os últimos resultados traduzem, assim, uma sinalização de baixa ou estagnação dos preços da economia e menor carestia para o consumidor. Nos meses de fevereiro, março e abril, o índice havia ficado acima de 1%.

A queda entre a taxa de 1,07% medida em abril sobre a obtida em maio indica um recuo de 43,92% no índice entre os dois meses – ou seja, a inflação, pelo IPCA caiu quase à metade entre o quarto e o quinto mês de 2015. Em cinco meses, a taxa chegou a 5,23%, contra 3,51% no mesmo período de 2014.

Os 0,6% de maio ficou 0,02% ponto acima do mesmo mês do ano anterior (0,58%), praticamente estabilizando-se na comparação entre os dois períodos. Nos 12 últimos meses o acumulado chega a 8,24% contra 8,22% do mesmo período no ano anterior.

Por segmento, o grupo de habitação recuou de 3,66% para 0,85% em maio, enquanto saúde e cuidados pessoais teve alta de 1,79%. O IBGE esclareceu que esse “foi o de maior impacto individual (0,12 ponto percentual) no IPCA-15 de maio”. O grupo alimentação e bebidas quase não mudou (de 1,04% para 1,05%).

A menor variação no mês foi de Transportes (-) 0,45%. Os preços das passagens aéreas caíram 23,61%, com impacto de (-) 0,10 ponto percentual sobre a taxa. Também reduziram nesse grupo os preços de combustíveis (-) 0,83%), (-) 0,63%) na gasolina e (-) 2,11%) no álcool combustível (etanol).

Nos hortifrutigranjeiros, o IBGE destacou altas no tomate (19,79%), cebola (18,83%), cenoura (10,45%), leite (2,64%), pão francês (2,23%), óleo de soja (2,17%), carnes (1,40%) e frango em pedaços (1,30%).

Os maiores índices de alta foram em Fortaleza (1,23%, ainda sob impacto da energia elétrica), e Recife (1,04%); e o menor foi em Brasília (0,14%), com queda de 23,72% nas passagens aéreas. A variação em Belo Horizonte foi de 0,6%; Porto Alegre, 0,73%; Rio de Janeiro, 0,39%; e, São Paulo, 0,58%.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações da RBA

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