Instituto Lula acusa ‘OGlobo’ de criar ‘factoide’ para atacar ex-presidente

A nota da Entidade foi publicada em resposta ao jornal O Globo, que questionou viagens e eventos de Lula em Portugal e Cuba

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Procurado pela reportagem do jornal “OGlobo”, na última sexta-feira (17), o Instituto Lula declarou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não recebeu, não recebe e jamais receberá” pagamento de qualquer empresa para dar consultoria, “fazer lobby” ou praticar tráfico de influência.

Mesmo com o esclarecimento, o veículo publicou matéria neste domingo (19), com ataques à Lula por viagens que fez para Portugal e Cuba, acusando-o de fazer lobby para empresas brasileiras nesses países.

Diante da nova investida do jornal, o Instituto Lula acusou o veículo de publicar mais uma matéria “que não diz nada”, repleta de “distorções para prejudicar o ex-presidente”.

Para esclarecer os fatos, a assessoria do ex-presidente reproduziu a troca de e-mails entre o jornalista e o assessor de imprensa do Instituto Lula. “As mensagens trocadas entre repórter e assessor, em circunstâncias normais, deveriam ser apresentadas aos leitores do jornal na matéria, mas entendemos que a necessidade de criminalizar as atividades de Lula, vão além da normalidade e das boas práticas jornalísticas”, diz nota publicada neste domingo.

“No caso da Odebrecht, como de dezenas de outras empresas, ele recebeu pagamento para fazer palestras para funcionários, empresários ou diretores. E elas foram pagas através de notas fiscais e tiveram seus impostos recolhidos”, esclareceu o Instituto Lula, por meio de nota publicada na sexta-feira (17).

A entidade ressaltou ainda que, assim como Lula, diversos ex-presidentes brasileiros e estrangeiros, jornalistas, esportistas e artistas também dão palestras e recebem por elas.

“O ex-presidente não atuou em favor da Odebrecht, nem fez gestão a favor da empresa”, dizia a nota.

Na resposta ao jornal, o Instituto Lula apresentou documentos que comprovam que Lula comentou o interesse da empresa brasileira pela empresa portuguesa. “Que, aliás, era público há muito tempo, como indica matéria do jornal ‘Público‘, de outubro de 2013”, lembrou.

Segundo o Instituto Lula, são inúmeras as empresas brasileiras que acompanham com interesse o processo de privatizações em curso em Portugal. “A Azul, empresa brasileira, acabou de comprar a TAP, por exemplo”, completou.

Tendo em vista a solicitação do jornal, a assessoria de imprensa do Instituto Lula informou ao “O Globo” que, entre 21 e 23 de outubro, o ex-presidente esteve em Portugal, cumprindo uma extensa agenda e essa informação, como todas de viagens de Lula, é pública e foi informada à imprensa na época.

A visita do petista à Cuba, informada por meio de release, foi acompanhada pela imprensa internacional, como as agências EFE e AFP.

BNDES – Também questionado pelo jornal sobre suposto agendamento de reunião no Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o Instituto Lula enfatizou que o ex-presidente não agendou nenhuma reunião.

O evento do dia 3 de maio de 2012 foi público, “um grande seminário comemorativo dos 60 anos do banco, com mais de 500 pessoas presentes, entre elas embaixadores ou delegações de todos os países africanos, na sede do BNDES”.

“O seminário em questão teve em sua mesa uma delegação de dez dirigentes da União Africana, pois o seu tema era o desenvolvimento na África. Não só o embaixador do Zimbábue foi convidado pelo banco, mas os outros 36 embaixadores africanos no Brasil também”, informou a nota.

O Instituto Lula destacou ainda que o evento foi coberto pela imprensa e foi o primeiro evento público com participação do ex-presidente após o tratamento contra o câncer. “Inclusive ‘OGlobo’ também cobriu, vejam essa matéria do G1 e da France Press”.

O evento também foi noticiado no site do BNDES.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Instituto Lula

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