Jessé: “O ódio ao Lula é o ódio ao pobre criado pela elite”

Sociólogo e advogado, Jessé de Souza é autor do livro “A Elite do Atraso” que o ex-presidente Lula está lendo

Joka Madruga/Agência PT

Jessé de Souza, sociólogo e autor do livro "A Elite do Atraso - da Escravidão à Lava Jato", no acampamento Lula Livre em Curitiba

O advogado e sociólogo Jessé de Souza visitou na manhã desta quinta-feira (12) o acampamento Lula Livre em Curitiba, Paraná. Na ocasião ele falou aos manifestantes, quando classificou como “stalinista” o processo contra Lula, concedeu entrevista à imprensa e visitou os movimentos sociais que organizam o local.

A presença de Jessé no acampamento é simbólica. Segundo os advogados de Lula, o ex-presidente está lendo “A Elite do Atraso”, de Jessé, conteúdo que também deu o tom do discurso do sociólogo no acampamento.

“O ódio ao Lula é o ódio aos pobres. Um ódio ao ex-escravo que a elite explora e precisa ser mantido humilhado no lugar ao qual essa elite quer que ele permaneça. O tema da corrupção é apenas um pretexto. Não existem provas contra ele. O Brasil vive uma doença, a doença do ódio, do fascismo. Querem que nosso povo volte a ser escravo e não levante a cabeça. Mas depois de Lula os pobres desse país sabem que o ‘senso de lugar’ imposto a eles não é natural, mas sim um senso construído pela elite”, declarou Jessé.

O sociólogo afirma que a Globo é o instrumento usado para demonizar a política, criar a polarização e esconder os reais corruptores da sociedade: a elite do capital.

Desde o começo esse processo foi montado, a acusação montou uma teoria combinada com uma organização canalha, que é a Globo, que disseminou isso por três anos. É uma condenação prévia”‘, disparou.

“A mídia, principalmente a Globo, repete para sociedade que o principal problema da nossa sociedade é a corrupção política, embora ela exista, isso não é verdade. A pior corrupção é a do mercado. O povo é assaltado diariamente pela intermediação financeira sob a chancela da mídia que mente descaradamente”, afirmou.

O sociólogo convocou a população a manter a mobilização e a luta contra o que ele chamou de “contra revolução” como o retorno do fascismo, da violência e do ódio aos pobres.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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