Lideranças regionais repudiam ingerência de Almagro na Bolívia

O documento “Repúdio à ingerência na Bolívia” tem assinatura de doze ex-presidentes, ex-ministros do Exterior de diversos países e também personalidades, entre eles Lula, Dilma e Celso Amorim

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Um conjunto de lideranças políticas latino-americanas subscreveram uma declaração questionando posicionamentos e declarações do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro. O documento “Repúdio à ingerência na Bolívia” tem assinatura de doze ex-presidentes, ex-ministros do Exterior de diversos países e também personalidades de expressão internacional.

O secretário geral da OEA, Luis Almagro, fez declarações públicas com diversas ameaças à retomada do processo democrático na Bolívia. Na linha da política do “lawfare”, Almagro desqualificou a Justiça do país, pedindo uma “reforma” do judiciário boliviano. Para isso, sugeriu a intervenção externa de uma Comissão Internacional para “investigar a corrupção”.

De acordo com a declaração de protesto das lideranças regionais, as declarações de Almagro expressam aberta “intromissão nos assuntos internos da Bolívia”. Para os signatários, Almagro “excede largamente sua missão como Secretário Geral do organismo regional e ignora o funcionamento do sistema interamericano”.

“O Secretario Geral deve abster-se de realizar pronunciamentos unilaterais nos quais envolve a todos os membros da organização, sem respeitar o caráter colegiado de seu mandato”, dizem as lideranças. Para os ex-presidentes, ex-ministros do Exterior e personalidades, Almagro “não deve intervir em assuntos internos dos Estados membros da OEA.

Assinam a declaração os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de Brasil, Fernando Lugo do Paraguai, José Pepe Mujica do Uruguai, Rafael Correa do Equador, Ernesto Samper da Colômbia, Evo Morales da Bolívia, Leonel Fernández da República Dominicana, Manuel Zelaya de Honduras, Salvador Sánchez Ceren de El Salvador e Álvaro Colom e Vinicio Cerezo da Guatemala.

Também firmam o documento, os ex-chanceleres Celso Amorín do Brasil, Ricardo Patiño e Guillaume Long do Ecuador, além de Diego Pary, da Bolívia. Entre as personalidades, se destacam o Premio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel; Óscar Laborde, presidente do Observatório da Democracia do Parlamento do Mercosul e Alejandro Moreno, presidente da Copppal, entre outros.

Da Redação com La Razon

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