Lula anuncia Ricardo Lewandowski como próximo ministro da Justiça
Ex-ministro do STF, Lewandowski tomará posse em 1º de fevereiro. Até lá, Flávio Dino, que irá para o Supremo em 22 de fevereiro, continuará no comando da pasta. “O povo brasileiro vai ganhar com essas duas escalações”, disse Lula
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O presidente Lula anunciou, nesta quinta-feira (11), que Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), será o novo ministro da Justiça. Ele substituirá Flávio Dino, que em 22 de fevereiro se tornará ministro da Suprema Corte.
“Ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está aqui do meu lado, cada um na sua função. (…) Quero dizer ao povo brasileiro que ele vai ganhar com essas duas escalações”, disse Lula ao lado dos dois (assista à íntegra do anúncio no fim desta matéria).
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, elogiou a escolha. “Acertada a decisão do presidente Lula de convidar Ricardo Lewandowski para suceder ao Flávio Dino no Ministério da Justiça. Sua trajetória e seu compromisso com a Democracia, a Constituição e o estado de direito são reconhecidos por todos. Certeza de que continuará contribuindo muito para o Brasil na nova missão. Parabéns e sucesso, ministro Lewandowski”, escreveu na rede social X.
Acertada a decisão do presidente Lula de convidar Ricardo Lewandowski para suceder ao Flávio Dino no Ministério da Justiça. Sua trajetória e seu compromisso com a Democracia, a Constituição e o estado de direito são reconhecidos por todos. Certeza de que continuará contribuindo…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 11, 2024
Em reunião antes do anúncio, ficou acertado que a cerimônia de transmissão de cargo de Dino para Lewandowski ocorrerá em 1º de fevereiro. “Até lá, o companheiro Flávio Dino, o novo ministro da Suprema Corte, que só vai tomar posse dia 22 de fevereiro, ficará cumprindo a função da forma magistral com a qual cumpriu até agora”, informou Lula, acrescentando que Lewandowski terá total liberdade para montar sua equipe.
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Nem Lewandowski nem Dino falaram durante o anúncio. Dino, depois, se manifestou pelas redes sociais: “Feliz em ser sucedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, um professor pelo qual tenho estima e admiração. Desejo sorte e sucesso. Teremos 20 dias de transição, ao longo dos quais eu e a minha equipe ajudaremos ao máximo a aqueles que vierem a ser escolhidos para continuar com as tarefas que hoje conduzimos. No dia 1º de fevereiro retorno ao Senado, onde permanecerei até o dia 21 de fevereiro. Neste dia renunciarei para assumir o STF no dia 22“.
Feliz em ser sucedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, um professor pelo qual tenho estima e admiração. Desejo sorte e sucesso. Teremos 20 dias de transição, ao longo dos quais eu e a minha equipe ajudaremos ao máximo a aqueles que vierem a ser escolhidos para continuar com as…
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) January 11, 2024
O presidente Lula disse ainda considerar a ida de Lewandowski para o governo “um momento muito extraordinário”. “Tinha dúvida, às vezes, se o companheiro Lewandowski não ia preferir dar um tempo à vida particular dele. O conheci com 28 anos de idade trabalhando na Prefeitura de São Bernardo, no governo do companheiro Aron Galante, e tive o prazer de ser o presidente da República que o indiquei (para o STF). O mesmo aconteceu com Flávio Dino”, recordou Lula. “Esse anúncio é muito gratificante e coroa meu primeiro ano de mandato”, completou.
Ricardo Lewandowski será o novo ministro da Justiça. Tenho certeza que ele fará um excelente trabalho no governo @LulaOficial, desejamos sucesso!
Também agradecemos ao @FlavioDino pelo excelente trabalho prestado à Justiça e à Segurança Pública! pic.twitter.com/EYSSIAC3id
— Zeca Dirceu (@zeca_dirceu) January 11, 2024
Nascido em 1948, no Rio de Janeiro, Ricardo Lewandowski formou-se em direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, da qual foi depois professor e reitor. Tornou-se juiz em 1990, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em 1997 e ministro do Supremo em 2006, cargo no qual ficou até o ano passado, quando se aposentou.
Da Redação