Lula: “É preciso um Estado forte”

Ex-presidente critica atuação do governo e prevê o impeachment do atual presidente da República pela má condução da crise. “O problema é que o Bolsonaro é a própria crise”, disse o petista em entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira, 2 de abril, a condução do governo federal no combate à pandemia do coronavírus. “O que é preciso é um Estado forte para tomar uma decisão e um Estado democrático para executar”, defendeu. “O Brasil tem muita gente necessitada, tem gente pobre que vai ser vitimada, tem muita gente vivendo em espaço muito pequeno e o Estado tem que garantir como é que a gente vai ajudar essa pessoa”, disse.

Lula avalia que o presidente Jair Bolsonaro vem conduzindo mal o governo e pode vir a sofrer um impeachment, porque passou a ser visto como um atraso na superação da crise do coronavírus. “O problema é que o Bolsonaro é a própria crise”, comentou Lula. “Um cara que tuíta fake news, ele só quer continuar enchendo a sociedade de mentira em um momento sério como a crise do coronavírus”, apontou o ex-presidente, durante entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte, em Minas Gerais. “Bolsonaro não tem compromisso com a verdade” e “não poderia ser presidente do Brasil”.

O petista ponderou que não se pode colocar a culpa de todos os problemas na conta do atual governo, mas cobrou a união e bom senso do Palácio do Planalto. “Eu nem estou culpando o governo. Eu estou achando que o governo precisa ter capacidade de coordenação. O governo já deveria ter juntado os 27 governadores de Estado e decidido que políticas vai fazer”, defendeu.

O ex-presidente lamentou ainda o comportamento do presidente da República afirmando que Bolsonaro potencializa a crise sanitária, que já é grave e vem levando diversos países a adotarem medidas de contenção do contágio, enquanto destinam recursos para proteger empregos e as pessoas. “Ele dificulta quando deveria facilitar. Cria caso quando deveria dar solução. Podemos chegar a um pedido de impeachment de Bolsonaro, sim, na medida que ficar provado um crime de responsabilidade”, disse.

Da Redação

 

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