Lula sanciona lei que regulamenta a profissão de sanitarista

Categoria atua na promoção coletiva da saúde, elaborando políticas públicas e avaliando riscos epidemiológicos. Proposta do PT, regulamentação deve ampliar presença desses profissionais no SUS

Ricardo Stuckert

Lula, ao lado da senadora Ana Paula Lobato, da ministra Nísia Trindade, do vice Geraldo Alckmin, do ministro Alexandre Padilha (autor da lei) e do deputado Jorge Solla

O presidente Lula sancionou, nesta quinta-feira (16), o Projeto de Lei nº 1.821/21, que regulamenta no Brasil a profissão de sanitarista, trabalhador que atua na promoção da saúde sob um ponto de vista social e coletivo.

Segundo a nova legislação, o registro para o exercício da profissão será fornecido por um órgão competente do Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos efeitos esperados com a regulamentação é a maior valorização desses profissionais, que atuam, por exemplo, na elaboração e implementação de políticas públicas, no planejamento e na gestão de ações de saúde e na avaliação de riscos sanitários e epidemiológicos.

Além de Lula, participaram da cerimônia de sanção o vice-presidente Geraldo Alckmin; a ministra da Saúde, Nísia Trindade; o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, autor do projeto quando exercia o mandato de deputado federal; e os relatores da proposta na Câmara e no Senado, deputado federal Jorge Solla (PT-BA) e senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA).

Fortalecimento do SUS

Segundo a ministra Nísia Trindade, a valorização dos profissionais de saúde é fundamental para fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Sem o trabalho digno, sem o trabalho qualificado e voltado para o SUS, não alcançaremos a equidade na saúde, que é o lema adotado pelo presidente Lula”, afirmou.

Já o deputado Jorge Solla lembrou que, apesar de o Brasil ter uma importante tradição na área, graças a profissionais como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, a profissão de sanitarista demorou a ser reconhecida, sendo incorporada na lista da classificação brasileira de ocupações somente em 2017 e recebendo sua regulamentação somente agora.

Solla ressaltou ainda que a regulamentação não busca criar qualquer reserva de mercado, já que evita estabelecer competências privativas para essa categoria profissional. “Pretende direção oposta: agregar às equipes interdisciplinares um profissional de formação diferenciada dentro da área de saúde, com competências e habilidades específicas”, disse.

“Sancionando esta lei, presidente, o senhor fortalece o Sistema Único de Saúde”, acrescentou, dirigindo-se a Lula, que não fez o uso da palavra após sancionar a nova lei.

Da Redação

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