Mazé: “Estamos há mais de três anos fazendo processo formativo para mulheres”

A menos de uma semana do maior ato popular de mulheres do campo, das florestas e águas, Marcha das Margaridas promete reunir 100 mil mulheres. Coordenadora-geral da Marcha, Mazé Morais falou ao Jornal PT sobre a 7ª edição

Reprodução/vídeo

"Essa edição representa muita esperança na retomada das políticas públicas e das conquista para as mulheres dos diversos territórios do nosso país", afirma Mazé Morais

Em entrevista ao jornal do PT Brasil nesta terça-feira (8), a secretária de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e coordenadora-geral da Marcha, Mazé Morais, falou sobre os últimos ajustes para a realização da 7ª Marcha das Margaridas, que acontece entre os dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, no Pavilhão do Parque da Cidade, e deve reunir mais de 100 mil mulheres

“Essa edição representa muita esperança na retomada das políticas públicas, das conquistas que, ao longo de muita luta havíamos conquistado, e que foram extintas, excluídas e arrancadas de nós. Portanto, há essa esperança e espera entre nós da retomada de espaços importantes. Nós vamos com muita esperança, do verbo esperançar que a gente possa conseguir políticas públicas que realmente cheguem na ponta para as mulheres nos diversos territórios do nosso país”, revelou Morais. 

Programação

As mulheres começam a chegar ao Pavilhão do Parque da Cidade na noite do dia 14. Na manhã do dia 15 haverá dois grandes painéis: um sobre políticas públicas e outro sobre a fome no Brasil. Além de oficinas autogestionadas, lúdicas e temáticas de dança, batucada, confecção de materiais. Tudo automatizado de forma simultânea. Haverá, ainda, a Mostra das Margaridas, que contará com artesanatos e produtos da agricultura familiar.

Já no período da tarde, entre as 14 e 16 horas, serão realizados mais dois painéis que tratam sobre as questões climáticas e o lema da Marcha “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. Na sequência, às 17h, está prevista a abertura oficial da Marcha das Margaridas, que contará com a presença de lideranças dos movimentos sindicais e sociais, mas também do governo com ministros e ministros.

“A marcha não acontece somente nesses dois dias em Brasília. Estamos há mais de três anos fazendo processo formativo e de comunicação para que nenhuma mulher chegue em Brasília sem saber o que veio fazer”, afirmou uma coordenadora.

Expectativa com anúncios federais

De acordo com Mazé, em junho, a organização da Marcha entregou a plataforma do grupo com 13 eixos norteadores que foram construídos pelas margaridas e compreendem temas caros e necessários para as mulheres do campo, das florestas e das águas:

“Nós entregamos a nossa pauta ao governo e estamos muito otimistas e ansiosas de poder receber anúncios importantes que vão impactar de forma positiva a vida das mulheres trabalhadoras rurais, agricultoras familiares, do campo, das florestas e das águas, mas também de toda a população e sociedade como um todo. Para nós, há essa grande espera desse retorno. A lema da Marcha já diz isso ‘Margaridas pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver’. Então a mulherada está vindo com essa energia toda, com esse desejo e força.”

Mulheres petistas estarão presentes 

Colaborando no fortalecimento da Marcha das Margaridas, as companheiras do PT irão realizar uma atividade no dia 15. Trata-se do Fórum de Mulheres do Campo, das Florestas e das Águas. A ação é organizada pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT, em parceria com a Secretaria Nacional Agrária do PT, e objetiva debater sobre os direitos das mulheres no campo, na proteção dos biomas e de mulheres ribeirinhas e pescadoras, além de discutir as estratégias para extensão de mais mulheres nos espaços de poder. Este será um momento de auto organização das mulheres petistas. 

Da Redação do Elas por Elas

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