Mercado percebeu incompetência do governo Bolsonaro, afirmam petistas
Parlamentares da Bancada do partido na Câmara repercutem dois levantamentos que comprovam a incompetência do atual governo para tirar o país da crise
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Vários parlamentares da Bancada do PT na Câmara afirmaram que o resultado de dois levantamentos divulgados nesta segunda-feira (27), que apontam a queda da confiança do mercado financeiro no governo Bolsonaro, é a comprovação de que o setor percebeu que a atual administração do país é incompetente para resolver a crise atual.
As críticas referem-se ao Boletim Focus, relatório produzido pelo Banco Central após ouvir economistas de 100 instituições financeiras diferentes, que reduziu pela 13ª vez seguida a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019. O outro levantamento, realizado pela XP Investimentos com agentes do mercado financeiro, aponta que a confiança do setor na gestão de Jair Bolsonaro despencou de 86% para 14%, desde janeiro.
Sobre a previsão do PIB para este ano, a expectativa de alta foi reduzida 1,23% contra 1,24% da semana anterior. No ano passado, após a eleição de Jair Bolsonaro, agentes do mercado financeiro chegaram a “prever” um crescimento de até 3% do PIB neste ano. Desde então, o crescimento do PIB vem sendo revisado, para baixo, espelhando o desânimo do setor com a inoperância do atual governo. Para os deputados Henrique Fontana (PT-RS) e José Guimarães (PT-CE), o anúncio comprova a incompetência do governo atual em resolver os problemas do País.
“Pela 13ª vez seguida cai a projeção de crescimento da economia em 2019. E o que Bolsonaro tem a dizer aos 13 milhões de desempregados ou às famílias que voltaram a usar lenha para cozinhar? Repetir a chantagem de que sua proposta para a Previdência é a única salvação para o Brasil? ”, cobrou Fontana. Por sua vez, o deputado Guimarães disse que a nova queda do PIB demonstra que “o Brasil caminha para uma depressão profunda”.
Em relação a queda de confiança do mercado financeiro, o levantamento da XP Investimentos – realizado entre os dias 22 e 24 de maio – aponta que a percepção ótima ou boa do governo do governo Bolsonaro saiu de 86% em janeiro para 14% agora em maio. Já a classificação ruim ou péssimo saltou de 1% para 43% no mesmo intervalo. Já as avaliações regulares foram de 13% a 43%. Foram ouvidos 79 investidores institucionais, entre gestores de recursos, economistas e consultores de grupos nacionais e estrangeiros.
Cai popularidade de Bolsonaro no mercado financeiro
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) disse que o mercado financeiro reconhece a incompetência de Bolsonaro, mas ainda o apoia porque ele serve aos interesses do setor. “Até o mercado reconhece a incompetência de Bolsonaro. Enquanto 14% o avaliam como ótimo ou bom, 43% dizem ser ruim ou péssimo. Porque o mercado mantém o apoio a Bolsonaro? Pela reforma da Previdência. Oras, parece que o termo ‘idiota útil’ cabe a outra pessoa”, provocou.
O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) também ressaltou a falta de capacidade para governar de Bolsonaro. “O Bolsonaro desce a ladeira da aprovação não só porque é tacanha, mas porque não tem projeto para o País. Enquanto ele brinca de governar, o povo sofre com o desemprego”, afirmou.
E o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) destacou que, enquanto o apoio a Bolsonaro cai, o povo sofre com a inoperância do atual governo. “Menos de 6 meses e o apoio a Bolsonaro só cai. Direitos retirados, desemprego crescendo e economia sem sinal de recuperação. O clã Bolsonaro envolvido com laranjais e milícias! Não tem capital político que segure popularidade! ”, observou.
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) lembrou que agora o mercado financeiro lamenta a escolha infeliz que fez durante as eleições. “O mesmo mercado, que impulsionou e “viabilizou” Bolsonaro para ser presidente do Brasil, agora o rejeita. Previsibilidade e confiança não são o forte do Capitão”, avisou.
Já o deputado João Daniel (PT-SE) destacou que a pesquisa aponta uma tendência para o governo de Jair Bolsonaro: “Cada vez mais ladeira abaixo”, apontou. E o deputado Rogerio Correira (PT-MG)destacou que a queda na popularidade de Bolsonaro aponta para um feito histórico. “Nunca antes na história um presidente despencou tanto em tão pouco tempo”, lembrou.
Por PT na Câmara