Mercedes-Benz fecha fábrica no Brasil e aumenta o desemprego no setor

Desastre econômico de Paulo Guedes continua a destruir o setor automotivo. Desta vez, a fabricante de carros alemã Mercedes-Benz anunciou, nesta quinta-feira (17), o fechamento da fábrica localizada em Iracemápolis (SP). A fábrica deverá demitir cerca de 370 trabalhadores. Analistas enxergam difícil recuperação do setor em 2021, apesar de leve melhora no segundo semestre. Segundo dados da Anfavea, mais de 6.300 postos de trabalho evaporaram entre novembro de 2019 e o início do mês passado, sem contar os programas de demissão voluntária

O desastre econômico de Paulo Guedes continua a destruir o setor automotivo. A fabricante de carros alemã Mercedes-Benz anunciou nesta quinta-feira (17) o encerramento da fábrica localizada em Iracemápolis (SP). A fábrica deixará na rua cerca de 370 trabalhadores, nesta segunda retirada do Brasil – A fabricante já operou em Juiz de Fora (MG), onde produziu os modelos Classe A e CLC.

Segundo a assessoria da empresa, existe a possibilidade da execução de um plano de demissão voluntária. “Estamos começando as negociações com o sindicato dos trabalhadores e buscando alternativas para os colaboradores e para o local”, disse a empresa, por meio da assessoria. A empresa integrou o programa Inovar-Auto, criado no governo Dilma Rousseff, em 2013.

O encerramento das atividades confirma o massacre pelo qual o setor vem passando com a política de paralisia econômica de Guedes. Neste ano de pandemia, a indústria colheu os piores resultados em 70 anos. Entre e maio e junho, 1.100 trabalhadores do setor foram demitidos. A produção de veículos leves e pesados despencou 50,5% no primeiro semestre de 2020, em comparação a 1019. Agora, analistas não conseguem enxergar uma retomada do setor no pós-pandemia.

Apesar da leve recuperação registrada entre setembro e outubro, quando a produção de veículos subiu 7,4%, não foi suficiente para recuperar, nem de longe, o prejuízo causado pela queda em 12 meses. Em relação a outubro de 2019, por exemplo, houve queda de 18% na produção de carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões.

“É muito difícil fazer um planejamento, a dúvida que se tem é se essa recuperação veio para ficar ou se estamos atendendo a uma demanda reprimida do primeiro e do segundo trimestres”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’.

O setor foi brutalmente atingido pela crise econômica que começou a se desenhar mesmo antes da pandemia. Segundo dados da Anfavea, mais de 6.300 postos de trabalho evaporaram entre novembro de 2019 e o início do mês passado. Isso sem contar os programas de demissão voluntária nas montadoras, como o que está sendo considerado pela Mercedes.

Em junho, o ex-presidente da filial brasileira da empresa, Philipp Schiemer, fez um alerta para a perda de credibilidade do Brasil, principalmente na atração de capital. “China e Índia, por exemplo, são países muito mais atraentes que o Brasil”, afirmou o alemão, para quem a corrida tecnológica por veículos elétricos e com maior capacidade de oferecer funções digitais exigirá um alto grau de investimento.

“O dinheiro vai ser cada vez mais escasso. Os investimentos só irão para países que tenham uma certa estabilidade e capacidade de planejamento”, definiu o executivo. “Nesse sentido, o Brasil ainda tem que fazer mais lição de casa”. O recado foi dado mas, pelo visto, não entendido por Paulo Guedes, que prefere surfar em mais uma fantasia neoliberal.

Da Redação, com informações de ‘Folha de S. Paulo’ e ‘Estadão’

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