Minha Casa Minha Vida: Bolsonaro destrói sonho da casa própria

De 2009, ano de criação do MCMV, até o fim de 2018, o investimento anual do programa era de R$ 11,3 bilhões, em média; em 2020, foi de R$ 2,54 bilhões

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Fracasso: desde 2019, Bolsonaro investiu apenas 3% do orçamento disponível para investimentos no setor de habitação

Bolsonaro mostrou mais uma vez que o atual governo não tem a menor preocupação com os mais pobres. Em plena pandemia, o governo rebaixou o orçamento do programa Minha Casa Minha Vida a níveis inéditos.

Há sete meses, apresentou um substituto, batizado de Casa Verde e Amarela, sem ouvir as demandas dos movimentos por moradia e sem garantias de que a população de renda mais baixa será beneficiada.

Com os dados consolidados de 2020, conforme planilha obtida pelo Brasil de Fato via Lei de Acesso à Informação (LAI), o gasto final com o programa no ano foi de R$ 2,54 bilhões.

“O Minha Casa Minha Vida nasceu para garantir, aos mais pobres, moradias dignas por um valor justo. Agora temos um programa que sequer se preocupa se a população de baixa renda será beneficiada. Eis o legado de Bolsonaro: a volta do aumento da desigualdade”, criticou o senador Paulo Rocha (PA), líder do PT.

No primeiro ano de governo Bolsonaro, o valor investido no programa foi de R$ 4,6 bilhões. Em setembro de 2019, foi previsto um corte de 42% no orçamento do ano seguinte, estipulado inicialmente em R$ 2,71 bilhões.

De 2009, ano de criação do Minha Casa Minha Vida, até o fim de 2018, antes de Bolsonaro chegar à Presidência, o investimento anual destinado ao programa era de R$ 11,3 bilhões, em média.

“O Minha Casa Minha Vida realizou o sonho de muitas famílias: a dignidade de um lar. Os governos de Lula e Dilma realizaram o maior investimento da história do programa. O governo Bolsonaro não tem como prioridade cuidar das vidas brasileiras, quer apenas armar a população”, disse o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Desde 2009, foram mais de 4 milhões de unidades habitacionais, totalizando um investimento de R$ 105 bilhões, que beneficiou cerca de 16,5 milhões de pessoas.

O Brasil possui um déficit de 7,797 milhões de moradias, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O estudo se baseia em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Do PT Senado

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