Mulheres rejeitam assumir área cultural no governo do golpe
Duas mulheres reconhecidas no meio cultural já negaram, de forma enfática, sondagens para a ainda inexistente Secretaria da Cultura
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Depois de extinguir o Ministério da Cultura e excluir a participação feminina no governo do golpe, Michel Temer resolveu criar a Secretaria Nacional de Cultura, vinculada ao Ministério da Educação, que tem como ministro golpista Mendonça Filho (DEM). A forte reação popular contra as medidas de retrocesso, no entanto, deve dificultar na escolha de uma possível secretária.
Isso porque duas mulheres reconhecidas no meio cultural já negaram, de forma enfática, sondagens para secretaria do governo golpista. A antropóloga Cláudia Leitão (CE), ex-secretária nacional de Economia Criativa da Cultura, respondeu com “sonoro não” a aliados de Temer. Ela ainda repudiou a extinção do Ministério da Cultura e disse esperar que nenhuma mulher aceite o convite.
“Acabo de ser sondada para assumir a Secretaria Nacional da Cultura dentro do MEC, no Governo Temer. Respondi com um sonoro “não”!”, contou
Cláudia fez parte do Ministério da Cultura quando Ana de Hollanda era ministra, entre 2011 a 2013, no primeiro governo Dilma Rousseff.
Outra mulher que disse ter recusado o convite do governo golpista foi Eliane Costa, consultora de projetos culturais e coordenadora de curso de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Da Redação da Agência PT de Notícias