‘Muy amigos’, Bolsonaro recebe responsável por quebrar a Argentina
Maurício Macri visitou Jair, nesta quarta-feira (16), para os dois discutirem seus desgovernos, ideias antipovo e a subserviência aos interesses dos EUA
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Um não tomou nenhuma medida para melhorar a vida da população em dezesseis dias de governo e se apegou a ‘mamata’ para favorecer interesses pessoais. O outro é responsável por quebrar a Argentina, que registrou uma inflação de 47,6% em 2018, a maior em 27 anos. Jair Bolsonaro (PSL) e Maurício Macri se reuniram, nesta quarta-feira (16), para discutir seus desgovernos e trocar ideias antipovo.
O primeiro já deu o recado de que o povo brasileiro não será prioridade. O segundo caminha para o último ano de um governo que será marcado mais uma vez por afundar os argentinos em uma crise. Macri será lembrado como o presidente que aplicou um programa ultraliberal, em que cortou direitos, deixou de investir em obras e no estado e baixou os salários, o que fez explodir o gasto da população com transporte, água e gás.
E por falar em baixar os salários, Jair em duas semanas já segue a cartilha ultraliberal ao reduzir o aumento do salário mínimo dos brasileiros. O presidente argentino eliminou oito ministérios do seu governo, entre eles o do Trabalho, Saúde, Educação e Cultura. Bolsonaro já acabou com o histórico Ministério do Trabalho do Brasil e apontou que quer cortar mais direitos trabalhistas.
Jair e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, querem executar a mesma a receita desastrosa de Macri. Os dois querem vender estatais aos estrangeiros, tornando a economia do Brasil cada vez mais ‘dolarizada’. O presidente argentino quis abrir o país para o mundo. Sem proteção cambial, o dólar foi às alturas e a Argentina, tão dependente da moeda estadunidense, quebrou mais uma vez. O nível de pobreza atingiu 33,6% da população no terceiro trimestre de 2018.
Bolsonaro, Macri e a hipocrisia
E como se não bastasse o desastre da agenda econômica da dupla, Bolsonaro e Macri, de maneira hipócrita, querem intervir na Venezuela. Com o único objetivo de serem subservientes aos interesses dos Estados Unidos, os dois acusam o presidente Nicolás Maduro de autoritário.
Enquanto o brasileiro fala em ‘despetizar’ o Brasil e perseguir a esquerda, o argentino quer apontar os problemas do governo venezuelano, sem, no entanto, resolver o crescimento da miséria na Argentina. Dados oficiais mostram que 31 em cada 100 argentinos vivem na pobreza.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do El País e Valor