“Nós não temos medo de vocês”, diz Gleisi Hoffmann a agressores

A presidenta nacional do PT anunciou que está processando os agressores, e aponta que eles se comportam como Jair Bolsonaro (sem partido)

Divulgação

Gleisi Hoffmann: "Vejam o que essa gente pensa: o povo pode morrer, a economia. É o contrário"

Em transmissão ao vivo pelo Youtube nesta segunda-feira (2), a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, afirmou que vai processar o casal que a agrediu neste domingo (1º) em um hotel no Rio de Janeiro.

“Eles dizerem que fomos expulsos do hotel pelo povo, estão muito enganados. Aquilo não era o povo, é o núcleo bolsonarista. Aliás, já identificamos dois, que se colocaram na internet como sendo os agressores […]. Nós já estamos fazendo os processos. Eles serão processados, sim. Assim como outros hóspedes que estavam com eles, que agrediram”, disse Gleisi, citando outros processos que já ganhou por assédio em espaço público.‌‌

A deputada ainda mandou um recado aos bolsonaristas. “Vou deixar um recado pra essa gente: nós não temos medo de vocês”, afirmou a petista.

Agressores refletem postura de Bolsonaro

 

Gleisi ainda afirmou que os ataques são reflexo da postura que Jair Bolsonaro mantém, especialmente em relação às mulheres.

“Eles se acham no direito de desqualificar, de ofender, de ir para cima, de falar coisas que não tem nada a ver com a matéria que está em discussão. Geralmente usa questões sexuais. Estupro, buraco. Eu sinceramente acho que ele [Bolsonaro] tem uma frustração na vida em relação a mulheres – não sei direto por onde passa isso, traições, sei lá. Mas, deve ter alguma frustração para ele ser tão agressivo em relação às mulheres”, disse Gleisi.

Democracia

 

Para além dos inaceitáveis ataques de Jair Bolsonaro ao Congresso e ao STF, a presidenta do PT considera o projeto ultra neoliberal do atual desgoverno como a principal ameaça à democracia.  “Democracia também acesso ao emprego, é ter comida na mesa, é ter renda, é ter acesso à moradia, saúde, educação. Se isso não existir, também não existe democracia. É isso que estávamos construindo no bojo da democracia previstaa desde a Constituição de 1988.

Gleisi recorda o fato de, desde o início da gestão, Bolsonaro tenta a qualquer custo fazer fazer os ideais daqueles que o ajudaram  a se eleger: a elite conservadora do país. “Enquanto isso, Bolsonaro retira direitos, tirando verba de saúde, de educação. O Bolsa Família tem mais de um milhão na fila de espera. A fome voltando no Nordeste: os agricultores que perderam o Bolsa Família (…) É por isso que Bolsonaro está apertando no sentido de implantar um regime mais duro. Porque essa agenda que eles têm só é possível num regime fechado. Se tiver discussão, não passa do jeito que eles querem”.

Uberização

 

Outro tema pertinente abordado pela presidenta do PT foi a chamada uberização: trabalhos informais geralmente mal remunerados e que expõem seus funcionários às mais variadas intempéries. “Quando falamos da uberização, não estamos criticando as pessoas. Para muita gente isso é um meio de vida. Mas se uma pessoa dessa fica doente, o que ela faz? Se ela sofre um acidente, quem é que paga os custos”, avalia.

Estes indicadores sobre economia popular, prossegue Gleisi, já estão sendo questionados há muito tempo. “Não há dinheiro circulando. As pessoas não estão podendo comprar. Mas mais do que isso, não há investimento. No governo Lula, investíamos mais de 20%. Hoje, não chega a 15%. Já estão revendo o PIB de novo. Cantaram isso em verso e prosa. Se chegar a 1,5% será milagroso”, aponta.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Revista Fórum

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