Okamoto e presidenta da UPES falam sobre as ocupações de escolas estaduais

Marcio Pochmann conversou com eles no programa Observatório LD

Na segunda edição do Observatório LD, que foi ao ar ao vivo nesta terça-feira, o economista e presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, recebeu o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, e a presidenta da UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), Ângela Meyer, para debater, dentre vários assuntos, sobre a conjuntura política, o cenário econômico e a reorganização do ensino público estadual de São Paulo.

Buscando entender melhor o mundo e, sobretudo, oferecer uma visão mais ampla ante a apresentada pelos meios de comunicação hegemônicos, o programa debateu a situação das micro e pequenas empresas, alternativas para a geração de emprego e renda e propostas para a retomada do crescimento, bem como a criação de um banco voltado para o nicho dos empresários de pequeno porte e a injeção de crédito no mercado para ampliar a oferta de empregos.

Ao falar sobre a polêmica reorganização do ensino estadual, o apresentador Marcio Pochmann lembrou que a ação do governo tucano não é nada transparente e podia ser pensada numa forma que trazer avanços. “Em vez de fechar escola, porquê não avançar no ensino integral”, indagou Pochmann, pontuando que os países onde o índice de educação são bons, geralmente, são países em que predominam o ensino de tempo integral.

Para a presidenta da UPES, a reorganização reflete uma tentativa do governo Alckmin de privatizar a educação no Estado de São Paulo.

Durante o programa, Ângela frisou que os estudantes não estão mobilizados apenas para ocupar a escola. Ela diz que o movimento zela pelo espaço público, abre espaço para a comunidade escolar continuar o processo de ensino e ali quer usar para debater melhorias no sistema.

Ângela também comemorou a decisão do Tribunal de Justiça que impede as reintegrações e explicou que os estudantes foram até a Secretaria de Educação tentar dialogar e fizeram a proposta de suspensão da reorganização para que, em 2016, toda a comunidade escolar, seja convidada a dar sua opinião sobre a ação.

Paulo Okamoto exaltou o movimento dos estudantes secundaristas. “É a primeira vez que estudantes vão ocupar escolas para debater o modelo de educação”, frisou. De acordo com ele, o governo do estado deveria saber compreender esse momento, pois, na sua avaliação, essa é uma oportunidade de politizar esses jovens.

Respondendo ao questionamento de uma internauta, Paulo Okamoto afirmou que o Instituto Lula não tem facilitado para quem tenta atacar a honra do ex-presidente. De acordo com ele, hoje existem cerca de 23 processos abertos contra pessoas que fizeram calúnia ou tentaram difamar Lula. Ele ainda ressalta que a entidade tem procurado responder tudo.

O programa, que foi ao ar pela Rádio Linha Direta e pela TeveFPA, ainda debateu a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a importância das cotas e o resultado da eleição na Argentina.

Por Claudio Motta Jr, do Linha Direta

PT Cast