Parlamentares lançam Frente Mista pela Reestatização da Eletrobras

Frente apoiada por entidades sindicais e movimentos populares pretende ampliar o debate da retomada do controle acionário da empresa pelo governo federal

Frente Parlamentar Mista vai atuar pela reestatização da Eletrobras - Foto: Divulgação

Foi lançada nesta quarta-feira (22), no Auditório Freitas Nobre da Câmara Federal, a Frente Parlamentar Mista Pela Reestatização da Eletrobras, através da iniciativa dos deputados federais Alencar Santana (PT-SP) e Erika Kokay (PT-DF), autores do pedido de criação.

Parlamentares do PT e de vários partidos de esquerda, além representantes de trabalhadores da Eletrobras e do setor elétrico, participaram do ato de lançamento e discursaram em apoio à criação da Frente e defenderam a reestatização da empresa.

A Frente tem como objetivo ampliar o debate a respeito na sociedade da retomada do controle acionário da Eletrobras pelo governo federal visando garantir segurança energética ao povo brasileiro em um setor considerado como estratégico para a soberania nacional.

O deputado Alencar Santana (PT-SP), coordenador  da Frente Parlamentar Mista, questionou o preço pelo qual a Eletrobras foi vendida e afirmou que a empresa é estratégica para o país. “Qualquer nação moderna, forte, grande, que tenha projeto de país, tem a energia como ponto principal de sua gestão do seu governo”, enfatiza.

A Frente Parlamentar recém criada já coletou mais de 200 assinaturas de apoio por parte de parlamentares na Câmara e no Senado, e vai contar com a presença de representantes dos sindicatos dos eletricitários e urbanitários de vários estados da Federação, movimentos populares, entidades sindicais e trabalhadores do sistema Eletrobras. Os coordenadores da Frente já assumiram o compromisso de lançar a estrutura previamente definida, um plano de trabalho e um calendário de agendas que objetivam catalisar o processo de retomada da empresa.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), entidade que congrega 34 sindicatos, 7 federações, 1 confederação e 4 associações de trabalhadores, considera  imprescindível a reestatização da maior empresa de energia elétrica da América Latina, que tem um papel fundamental para assegurar a soberania nacional e o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Em nota divulgada nos últimos dias, o CNE explicou a atual situação absurda vivida pela União como acionista da Eletrobras, após o processo de privatização e venda das ações da empresa. “A União tem 43% das ações e só 10% de poder de voto (dividindo 10/43, temos 1 ação, 0,23 voto), se comparado a um investidor privado que tenha até 10% das ações ordinárias (dividindo 10/10, temos 1 ação, 1 voto), o que faz com que a União seja um acionista de ‘quarta categoria, pois seu voto vale, proporcionalmente, menos que ¼ dos demais”.

Da Redação

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